O executivo brasileiro Carlos Ghosn, presidente do conselho de administração da Nissan foi preso hoje no Japão por, supostamente, ter declarado durante anos ter recebido rendimentos inferiores aos reais. A fabricante japonesa afirmou em comunicado à imprensa que recomendou o imediato afastamento de Ghosn.
A Nissan informou também que está cooperando com os promotores japoneses e que abriu um inquérito interno após uma denúncia de que Ghosn estaria declarando erroneamente o seu salário, além de utilizar bens da companhia para uso pessoal. Um diretor do conselho da empresa, Greg Kelly, também está envolvido no caso e deve perder seu cargo.
Carlos Ghosn chegou à Nissan em 1999, quando a Renault adquiriu uma participação significativa na companhia japonesa.
Carlos Ghosn é o principal executivo da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, cuja produção reunida é a maior do mundo. No ano passado, ele se afastou da presidência da Nissan, mas continuou à frente da aliança.
Ghosn goza de grande popularidade no Japão por ter recuperado a Nissan, cuja direção assumiu à beira de um colapso financeiro. No processo de recuperação, fechou cinco fábricas e demitiu 21 mil empregados.
Publicado em 19/11/2018