O brasileiro Carlos Ghosn renunciou aos postos de CEO e presidente da Nissan, a fabricante japonesa que salvou da falência ao assumir seu comando em 1999. O executivo manterá, porém, a posição de presidente do conselho administrativo da empresa.
A notícia vem poucos meses depois da aliança Renault-Nissan, comandada por Ghosn, ter assumido o controle da Mitsubishi e, com isso, passado a ser o quarto maior grupo do mundo entre os fabricantes de automóveis.
Ghosn será substituído pelo japonês Hiroto Saikawa, 63 anos, atual co-CEO da empresa. A mudança de comando ocorrerá no dia 1º de abril.
Carlos Ghosn continuará ocupando os postos de presidente e CEO da Renault e da aliança Renault-Nissan. Ele também continuará como presidente da Mitsubishi, que desde outubro passou a fazer parte do grupo.
A compra da Mitsubishi, motivada pela necessidade de aumentar a escala de produção da aliança Renault-Nissan com consequente redução de custos de desenvolvimento e produção, reposicionou o grupo franco-nipônico no quarto lugar da indústria automobilística mundial, atrás apenas da Volkswagen, Toyota e General Motors. Com a aquisição da Mitsubishi, a aliança somou mais 934 mil veículos às suas vendas no ano passado, atingindo um total global de 9,96 milhões de unidades entregues em 2016.
Publicado em 23/02/2017