Depois de mostrar em fevereiro o Ka Freestyle, versão aventureira que vai marcar a reestilização de meia vida do hatch compacto, a Ford confirmou esta semana que o modelo será equipado com o mesmo motor 1.5 Dragon flex de três cilindros e 137 cv que estreou ano passado no EcoSport. O Freestyle, que chega às concessionárias no começo do segundo semestre, também será equipado com a nova transmissão manual MX65 de cinco marchas, cerca de 8 kg mais leve que a anterior. Futuramente, essa versão e outras da linha Ka vão ganhar a opção de câmbio automático de seis marchas.
A montadora fez o anúncio durante solenidade para marcar o início da produção do propulsor 1.5 Dragon na planta de Taubaté, no interior paulista, com 16,1 kgfm de torque, ele era importado da Índia. Com isso, a planta passa a fabricar três motores - osSigma de quatro cilindros e 1,5 e 1,6 litro, que seguem em produção - o primeiro, de menor cilindrada e 110 cv, continua equipando as demais configurações do Ka, ao menos em um primeiro momento, enquanto o segundo, capaz de render 128 cv, segue disponível na gama do Fiesta.
Com obras de modernização que custaram "centenas de milhões de reais", nas palavras de Rogelio Goldfarb, vice-presidente da Ford, a capacidade produtiva da fábrica de Taubaté subiu de 470 mil motores por ano para 500 mil unidades, com número semelhante de transmissões - o Ka Frestyle, assim como acontece hoje com demais configurações, será exportado para outros países da região, principalmente da América do Sul.
Além de estrear mudanças visuais na linha Ka, como grade reestilizada, e cabine atualizada, com nova central multimídia Sync 3, como no EcoSport (a Ford ainda não mostrou o carro por dentro), o Ka Freestyle vai ganhar reforços estruturais na coluna B, nas portas e em outras partes para melhor desempenho em testes de impacto lateral. A novidade também será aplicada nas demais versões do compacto, com carroceria hatch ou sedã- no ano passado, o Ka levou nota zero no crash-test lateral do Latin NCAP.
A Chevrolet, que também zerou a nota nesse quesito em 2017 com o Onix, também reforçou estruturalmente o hatch e o Prisma, sua variante sedã, em janeiro passado. A partir de 2020, todos os novos projetos de veículos terão de passar pelo teste de impacto lateral com fins de homologação para venda. Em 2022, a regra valerá para todos os veículos novos vendidos no Brasil.
Publicado em 27/04/2018
