Home > Colunas > Coluna de Wagner Gonzalez > Fórmula 1: Vai começar tudo de novo
  • Coluna de Wagner Gonzalez
  • Fórmula 1: Vai começar tudo de novo
  • Domingo, no Bahrain, o primeiro GP do ano. E Drugovich pode estrear na F-1
  • Por Wagner Gonzalez

    Com favoritismo de Max Verstappen e da equipe Red Bull, atuais campeões mundiais de Pilotos e Construtores, a temporada 2023 da Fórmula 1, a 74ª da história iniciada dia 13 de maio de 1950 em Silverstone, na Inglaterra. Desde então o Brasil já conquistou oito títulos mundiais com Emerson Fittipaldi (1972 e 1974), Nelson Piquet (1981, 1983 e 1987) e Ayrton Senna (1988, 1990 e 1991), mas ultimamente a bandeira do País tem aparecido no grid apenas esporadicamente, algo que pode se repetir, domingo, no circuito de 5.412 metros construído em Sakhir, cidade situada 32 km ao sul da capital Manama. O paranaense Felipe Drugovich (foto de abertura/Aston Martin Racing) foi escalado para substituir Lance Stroll caso o canadense não se recupere de um acidente quando praticava ciclismo em uma estrada na Espanha.

    O favoritismo de Verstappen se explica pelo fato de ele ter sido o mais rápido na pista nos dois dias que entrou na pista, sempre usando pneus menos aderentes que os utilizado por Pérez e Hamilton. Além disso, o fato é reforçado pelo desempenho de Sérgio Pérez, mexicano que completa a dupla de pilotos oficiais da equipe austro-inglesa e no último de três dias de testes marcou o tempo mais rápido, 1’30”305. Diante disso espera-se que os tempos de classificação para este ano sejam significativamente mais baixos do que a pole position de Charles Leclerc na corrida de 2022 (1’30”558). É difícil fazer previsões muito mais extensas do que isso com base no desempenho dos 20 pilotos que foram à pista e completaram 3.813 voltas e 21.598 km, distância equivalente a sete GPs.

    A razão de analisar com reservas os resultados registrados na semana passada decorre do fato que nem todos os carros andaram nas melhores condições de rendimento: pouco volume de combustível no tanque, mesmo composto de pneus e não necessariamente dentro do regulamento. Nos testes de pré-temporada é possível que um carro ande com aerofólio mais alto ou explorando outros recursos que ajudem a conseguir melhor rendimento e, com isso, gerar importante espaço na mídia, leia-se apelo maior para convencer potenciais patrocinadores que ainda não garantiram apoio. Por isso mesmo uma ideia melhor das chances de cada equipe estará mais clara após o treino de classificação, a partir das 12:00 (horário de Brasília), no sábado.

    Ainda assim, o paddock da categoria acredita que a Red Bull está à frente de todos e terá o melhor início de campeonato. Ferrari (agora liderada por Frédéric Vasseur) e Mercedes seriam as seguintes, nessa ordem. O bom desempenho da Aston Martin é motivo para acompanhar o trabalho de Fernando Alonso e Lance Stroll com atenção: o dono do time, Lawrence Stroll, investiu pesado na expansão técnica e humana da equipe e, aparentemente, o resultado disso pode se materializar. Isso é bom para Felipe Drugovich, que tem uma chance razoável de estrear na categoria e melhorar ainda mais sua cotação na F-1.

    O brasileiro foi elogiado por Mike Krack, o diretor da equipe, Fernando Alonso e até mesmo Gary Anderson, engenheiro e projetista da categoria que hoje atua como colaborador de diversas publicações internacionais na condição de analista técnico. Uma decisão sobre sua participação é esperada para hoje ou amanhã e depende da recuperação do canadense Lance Stroll.

    Os melhores tempos dos testes pré-temporada:

    1) Sérgio Pérez (MEX), Red Bull RB19/Honda RBPT H001, 1’30”305

    2) Lewis Hamilton (GB), Mercedes F1 W14/Mercedes F1 M14, 1’30”664

    3) Valtteri Bottas (SF), Alfa Romeo C43/Ferrari 066/10, 1’30”827

    4) Charles Leclerc (MC), Ferrari SF-23/Ferrari 066/10, 1’31”024

    5) Carlos Sainz (E), Ferrari SF-23/Ferrari 066/10, 1’31”036

    6) Yuki Tsunoda (J), AlphaTauri AT04/Honda BRPT H001, 1’31”261

    7) Kevin Magnussen (DK), Haas VF-23/Ferrari 066/10, 1’31”381

    Nos testes de pré-temporada é possível que um carro ande com aerofólio mais alto ou explorando outros recursos que ajudem a conseguir melhor rendimento e, com isso, gerar importante espaço na mídia

    8) George Russell (GB), Mercedes F1 W14/Mercedes F1 M14, 1’31”442

    9) Fernando Alonso (E), Aston Martin AMR23/Mercedes F1 M14, 1’31”450

    10) Zhou Guanyu (CN), Alfa Romeo C43/Ferrari 066/10, 1’31”610

    11) Max Verstappen (NL), Red Bull RB19/Honda RBPT H001, 1’31”650

    12) Felipe Drugovich (BR), Aston Martin AMR23/Mercedes F1 M14, 1’32”075

    13) Lando Norris (GB), McLaren McL60/Mercedes F1 M14, 1’32”160

    14) Nyck de Vries (NL), AlphaTauri AT04/Honda BRPT H001, 1’32”222

    15) Nico Hülkenberg (D), Haas VF-23/Ferrari 066/10, 1’32”466

    16) Logan Sargeant (USA), Williams FW45/ Mercedes F1 M14, 1’32”549

    17) Pierre Gasly (F), Alpine A523/Renault E-Tech RE23, 1’32”762

    18) Alex Albon (GB-THA), Williams FW45/ Mercedes F1 M14, 1’32”793

    19) Oscar Piastri (AUS), McLaren McL60/Mercedes F1 M14, 1’33”175

    20) Esteban Ocon (F), Alpine A523/Renault E-Tech RE23, 1’33”257

    Siga-nos no Instagram

    Publicado em 01/03/2023


    Copyright © 2014 - Autoestrada.com.br - todos os direitos reservados