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  • Novas versões do Cayman GT4 Clubsport usam peças contendo fibras de linho e cânhamo
  • Por Jorge Meditsch

    A Porsche apresentou, na semana passada, a nova geração do Cayman GT4 Clubsport, uma versão apimentada do seu carro-esporte de motor central. Na realidade, são duas versões, uma destinada a pilotos amadores abonados, em condições de comprar um carro para participar de ‘track days’ e eventos clubísticos, e outra para pilotos mais sérios, pronta para disputar campeonatos monomarca ou corridas de resistência da categoria GT.

    Uma novidade para a marca é a utilização, pela primeira vez, de fibras vegetais em algumas peças da carroceria: as portas e a grande asa traseira são feitas de plástico reforçado por fibras de linho e cânhamo, de origem natural.

    O Porsche 718 Cayman GT4 Clubsport, nome completo do carro, é movido por um motor de seis cilindros horizontais com 3,8 litros e 425 hp (40 hp mais do que na versão anterior). A suspensão é a mesma do 911 GT3 Cup e o carro pesa 1.320 kg, incluindo uma gaiola de segurança soldada à carroceria.

    Duas versões

    O uso de fibras naturais em carros não é uma novidade: em 1941, a Ford apresentou um protótipo com carroceria plástica reforçada por fibras vegetais. E, na extinta Alemanha Oriental, a carroceria do Trabant, o carro mais popular, incluía fibra de algodão

    O Cayman GT4 Clubsport é oferecido em duas versões: a Trackday e a Competition. A diferença entre elas é o nível de preparação para as pistas – a Competition, por exemplo, tem tanque de combustível de 115 litros, enquanto o da Trackday pode levar 80 litros. A suspensão da Competition tem amortecedores ajustáveis, enquanto os da Trackday são fixos.

    Ford de fibras: 1941

    Pouco antes dos Estados Unidos entrarem na Segunda Guerra Mundial, em 1941, quando a Alemanha já estava mergulhada no conflito e o Professor Ferdinand Porsche se ocupava com o esforço bélico germânico, a Ford apresentou um protótipo com carroceria plástica reforçada por fibras vegetais.

    Para mostrar as qualidades do material, um filme da época mostra o carro sendo submetido sem sofrer danos a marretadas que, num veículo de chapa metálica, teriam causado danos consideráveis.

    O carro da Ford, que além de tudo tinha motor flexível (podia rodar com gasolina ou com álcool), não chegou às linhas de produção. Na antiga Alemanha Oriental, porém, o carro de maior sucesso, o Trabant, tinha carroceria plástica reforçada com fibras de algodão e outros vegetais.

    Publicado em 06/01/2019


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