O volume anual de venda de automóveis na China poderá ter queda este ano. Será a primeira redução registrada desde 1990.
As vendas de veículos leves no maior mercado do mundo tiveram uma queda de 12 por cento em outubro. O mês foi o décimo seguido com evolução negativa para a comercialização de carros no mercado chinês.
Analistas e associações ligadas à indústria automotiva chinesa consideram pouco provável que a tendência negativa se reverta até o final de 2018. Segundo a maioria, houve uma redução na demanda, possivelmente causada pelas altas vendas no ano passado, além de efeitos da diminuição do índice de crescimento da economia chinesa.
A queda nas vendas na China afeta diretamente as maiores fabricantes internacionais, como a Toyota, General Motors e Volkswagen, que dependem do desempenho no país para manter suas estratégias de crescimento global.
Nova energia
Um setor não afetado pela crise automotiva na China foi o de veículos híbridos e puramente elétricos, chamados no país de ‘Nova energia’. Eles continuam a ser cada vez mais procurados e tiveram um aumento nas vendas em outubro de nada menos que 51 por cento. Nos 10 primeiros meses do ano, foram vendidos na China 816 mil veículos elétricos e híbridos, 76 por cento mais que no mesmo período de 2017. A frota de carros movidos pela ‘Nova energia’ no país é estimada em mais de 6 milhões de unidades.
Publicado em 13/11/2018