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  • Acabou o radar móvel: vamos morrer como baratas
  • Sem viés ideológico, sem nenhum pensamento lógico: estão proibidos os radares móveis nas rodovias federais. A medida irresponsável do presidente da República vai custar muitas vidas
  • Por Jorge Meditsch

    Vamos morrer como baratas. Liberou geral: o Brasil é o pioneiro no mundo na proibição da fiscalização de velocidade. O presidente Bolsonaro acaba de proibir o uso de radares móveis nas rodovias federais.

    O excesso de velocidade é o principal fator a causar acidentes. Sem controle, cada motorista passa a determinar a quantos quilômetros por hora quer dirigir. Isso, independentemente das condições de trânsito, conservação da estrada, modelo e estado de seu carro. Caminhões, ônibus, vans, Porsches e Fuscas poderão andar a qualquer velocidade.

    Limites de velocidade não são escolhidos ao acaso. Eles garantem a convivência entre veículos e motoristas diferentes no mesmo ambiente

    Quem sabe, sabe

    A velocidade máxima nas estradas não é uma determinação arbitrária. As rodovias são projetadas e construídas segundo o que se chama ‘velocidade diretriz’, dentro da qual os carros e seus passageiros podem rodar com segurança e conforto. Essa velocidade pode variar conforme a visibilidade, movimento, proximidade de áreas com pedestres, cruzamentos, entradas e saídas de cidades e postos de serviço e outros critérios lógicos.

    O fator conforto é importante: embora um carro-esporte como um Porsche ou uma Ferrari possa fazer com relativa segurança a 150 km/h uma curva onde a velocidade permitida é 80 km/h, seus passageiros serão ‘centrifugados’ para o lado externo da rodovia com bastante força. Ninguém se divertirá com isso além do ‘piloto’ ao volante.

    A diferença técnica entre os veículos é outro problema levado em conta. Nas rodovias, precisam conviver em harmonia pilotos de corrida e velhinhas aposentadas, Fusquinhas e Porsches, caminhões e bugues. Liberar carros velozes para andar em ziguezague em torno dos outros não é uma boa ideia.

    Publicado em 15/08/2019


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