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  • O novo lançamento da CAOA Chery agrada pelo bom acabamento, espaço interno e desempenho honesto.
  • Por Jorge Meditsch

    Ao primeiro contato, o recém-chegado Tiggo7 surpreende. O SUV de porte médio-grande é muito bem-acabado, tem um excelente espaço interno e, na estrada, se comporta de forma bem razoável. A CAOA Chery colocou nas ruas um produto apto a ocupar espaço no mercado e causar incômodo à concorrência.

    No meio da mesmice de design do segmento SUV, o Tiggo7 mostra alguma personalidade, mesmo sem se destacar excepcionalmente. Não vai desagradar a ninguém. Uma curiosidade da marca Chery é a individualidade de seus modelos: o Tiggo7 é muito diferente do seu irmão menor, o Tiggo5 X.

    Mestre em vendas, a CAOA providenciou para que o interior do novo SUV cumprisse todos os requisitos do comprador típico de SUVs com preços acima dos 100 mil reais: couro por todos os lados, inclusive no painel e portas, bancos confortáveis (o do motorista com ajustes elétricos) e todo o aparato eletrônico hoje obrigatório. O ar-condicionado tem duas zonas e pode ser controlado por botões ou pela tela no console central. Também tem saída para o banco de trás.

    O freio de estacionamento com comando eletrônico inclui a função Auto Hold, que mantém o carro parado até o motorista acelerar, proporcionando menos cansaço nas paradas frequentes em semáforos e partidas seguras em subidas. Câmera de ré é equipamento de série.

    Rodando

    O volante só permite ajuste na altura, mas isso não chega a impedir que se encontre uma boa posição para guiar, com o auxílio do posicionamento dos bancos. O isolamento acústico é muito bom e permite conversar com o carro a 120 km/h sem precisar elevar a voz. A suspensão é macia e absorve bem as irregularidades do asfalto miserável de nossas ruas. Chegamos a rodar algumas centenas de metros em um trecho de terra irregular, onde o bom comportamento se manteve.

    O motor turbo 1,5 litro é moderno e trabalha bem em conjunto com o câmbio de dupla embreagem e seis marchas. Mas não faz do Tiggo7 um atleta

    O Tiggo7 tem motor 1,5 litro turbo flex, com comando de válvulas e coletor de ar variáveis, com 150 cv de potência máxima. O torque máximo é 21,4 kgfm e aparece já a partir de 1.750 rpm. O câmbio de dupla embreagem tem seis marchas e trabalha de forma suave e quase imperceptível.

    O conjunto propulsor é eficiente, mas não faz do Tiggo7 um atleta. Experimentamos o SUV com quatro adultos a bordo e ele não mostrou nenhuma dificuldade para acelerar e manter a média elevada da Rodovia Castelo Branco, próximo a São Paulo. Há duas opções de regulagem, ECO e Sport, selecionáveis por um botão que se confunde com os do ar-condicionado. O ECO, na realidade, é o normal, e o Sport estica as marchas e ajuda nas reduções de velocidade, mas aumenta o consumo.

    Um resumo do primeiro contato: o Tiggo7 agrada e tem preço competitivo (nada substancialmente abaixo da concorrência). Mas o teste real será o do mercado: vamos ver como ele se comporta no uso diário num prazo mais longo, um ano ou mais. Se o modelo se comportar bem ao longo do tempo, vai incomodar a concorrência.

    Duas versões

    O Tiggo7 é fabricado pela CAOA em Anápolis, estado de Goiás. O modelo é oferecido em duas versões. A T, bastante completa, custa R$ 106.990 e a TXS, com mais equipamento, sai por R$ 116.990.

    As opções de cores são limitadas: Preto, Prata e Cinza metálicos e Branco perolizado. A garantia é de três anos para o conjunto e de cinco anos para o motor e câmbio.

    As pretensões da marca chino-goiana não são pequenas: até o final do ano, terá nada menos que 111 concessionárias, praticamente dobrando o número atual. Vender é a maior especialidade da CAOA, portanto, esperem ver muitos Tiggos rodando por aí.

    Publicado em 20/02/2019

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