Home > Notícias > Volvo pode deixar de fabricar automóveis a diesel até 2023
  • Notícias
  • Volvo pode deixar de fabricar automóveis a diesel até 2023
  • Presidente da montadora sueca afirmou que os custos de desenvolvimento desse tipo de motor estão ficando muito altos
  • Por Alessandro Reise

    Depois de adotar motores 2.0 de quatro cilindros sobrealimentados por turbo, compressor e propulsão híbrida nos seus modelos topo de linha, como o SUV de grande porte XC90, a Volvo anunciou que não vai mais desenvolver uma nova geração de motores a diesel. A declaração foi dada por Hakan Samuelsson, presidente da montadora sueca, para a publicação alemã "Frankfurter Allgemeine Zeitung", alegando que os custos para produzir propulsores do tipo que atendam às restrições cada vez mais estritas quanto às emissões de óxido de nitrogênio estão muito elevados.

    Na mesma entrevista, o executivo sinalizou que a Volvo seguirá com o desenvolvimento da gama atual de motores turbodiesel, lançada em 2013, e possivelmente deixará de fabricar essas unidades de força em 2023. Samuelsson destacou que o diesel ainda é relevante para cumprir as metas de emissões de dióxido de carbono estabelecidas pela União Europeia.

    Volkswagen anunciou recentemente que (ainda) não vai desistir do diesel

    Para o lugar dos motores turbodiesel, a montadora nórdica, hoje controlada pela chinesa Geely, vai concentrar seus investimentos na fabricação de automóveis elétricos e híbridos. No entanto, atualmente a grande maioria das unidades emplacadas do XC90 na Europa são de versões movidas a diesel.

    A declaração acontece dias após a Volkswagen anunciar que não tem planos imediatos de parar com a produção de propulsores abastecidos com esse combustível, projetando um incremento na eficiência energética dos motores do tipo de 10% a 15% até 2020.

    O grupo automotivo alemão, porém, também anunciou há algum tempo a prioridade aos gastos para produzir carros elétricos e híbridos ao longo dos próximos anos. Em setembro de 2015, a Voks foi abalada com a descoberta de um software usado para informar emissões de poluentes mais baixas que as reais em testes de homologação de veículos a diesel da empresa - o escândalo já rendeu bilhões de dólares em prejuízos com recalls, multas, acordos e indenizações por conta do problema, que afetou milhares de carros da Volkswagen e suas marcas em diferentes mercados - somente no Brasil, mais de 17 mil unidades da Amarok estão passando por recall.

    Publicado em 17/05/2017


    Copyright © 2014 - Autoestrada.com.br - todos os direitos reservados