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  • Volkswagen não tem mais carros elétricos para vender este ano
  • Empresa vendeu 300 mil carros a bateria e tem fila de encomendas para até o ano que vem
  • Por Jorge Meditsch

    Reportagem da CNN

    O Grupo Volkswagen esgotou as vendas de carros elétricos este ano nos Estados Unidos e Europa devido à elevada demanda e dificuldades de suprimento.

    "Não temos condições de vender mais, mas não porque não conseguimos fabricar os carros. Na realidade estamos com os carros elétricos esgotados porque a demanda é maior do que esperávamos", declarou o CEO do Grupo, Herbert Diess, na última segunda-feira.

    Na semana passada, a empresa dona de várias marcas, entre elas a Porsche e a Audi, revelou ter uma lista de espera de 300 mil veículos elétricos apenas na Europa Ocidental.

    Em alguns mercados, os clientes que estão fazendo encomendas só receberão seus carros no ano que vem, segundo um porta-voz da companhia.

    No primeiro trimestre, o Grupo Volkswagen vendeu mais de 99 mil veículos elétricos em todo o mundo, 65% mais que no mesmo período no ano passado. Os mais procurados foram os modelos ID.3 e ID.4, além do Audi e-tron.

    Mesmo assim, a Volkswagen continua atrás da Tesla, que entregou três vezes mais carros elétricos no mesmo período.

    Demanda de carros elétricos superou expectativas e dificuldades de suprimento não permitiram aumentar a produção

    A VW pode recuperar algum terreno perdido mais no final do ano, à medida que o fornecimento de chips eletrônicos melhorar. Os problemas na cadeia de suprimento que afetaram a indústria automobilística no ano passado começaram a diminuir, e o Grupo Volkswagen prevê conseguir "um fornecimento de semicondutores muito bom" a partir do terceiro trimestre, segundo Diess.

    A Volvo, concorrente do Grupo Volkswagen, também acredita que a falta de chips está no fim. O CEO da empresa, Jim Rowan, declarou ao Financial Times que sua companhia estará em posição bastante sólida em termos de componentes eletrônicos a partir do segundo trimestre.

    A guerra na Ucrânia tem criado problemas de fornecimento para o setor automotivo, levando à falta de componentes fundamentais para todos os tipos de veículos.

    Mas Diess afirmou que a empresa, que tem vários fornecedores de peças na Ucrânia, conseguiu manter cerca de 90% dos volumes gerados nessas fábricas.

    E, apesar das estritas medidas de lockdown devido ao coronavírus, a demanda por veículos elétricos na China tem se mantido. Diess revelou que as vendas de veículos elétricos do Grupo Volkswagen no maior mercado automotivo do mundo quadruplicaram no primeiro trimestre.

    As vendas da fabricante chinesa de carros elétricos BYD tiveram um salto de 313% em abril em comparação com o ano passado, incluindo aí também seus veículos híbridos. A BYD está mais imune que as concorrentes em relação a dificuldades de fornecimento porque fabrica suas próprias baterias e chips eletrônicos. As concorrentes chinesas Li Auto e Nio relataram uma queda nas entregas em abril.

    "Estou otimista, pois mesmo com as dificuldades devido à Covid na China, a guerra na Ucrânia e a continuação das restrições de semicondutores, 2022 ainda poderá ser um bom ano para nós e o restante da indústria", disse Diess.

    Publicado em 10/05/2022


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