A direção da Volkswagen admitiu nesta terça-feira, 22 de setembro, que 11 milhões de veículos da marca vendidos em diferentes países foram equipados com software que frauda resultados em testes de emissões de poluentes. O comunicado agrava o escândalo que veio a público na sexta passada, dia 18, quando a montadora suspendeu as vendas de todos os seus automóveis a diesel nos Estados Unidos por conta da manipulação, que somente no país afetou cerca de 500 mil veículos.
A Volks está sob investigação do Departamento de Justiça norte-americano e outros mercados deverão fazer o mesmo, como França, Itália e a própria Alemanha, onde está a sede da empresa.
De acordo com a fabricante, a fraude não afetou somente carros da Volkswagen, mas também envolve unidades de outras marcas do grupo automotivo, como Audi, Skoda, Seat e Porsche. O software informava emissões de poluentes dentro das normas durante testes, mascarando os números reais, de fato muito maiores, em situações cotidianas de trânsito.
De acordo com a agência de notícias AFP, somente nos EUA, a VW pode pagar até US$ 18 bilhões em multas (aproximadamente R$ 73 bilhões no câmbio de hoje), mais os custos de processos judiciais. A montadora já reservou 6,5 bilhões de euros (cerca de R$ 29,3 bilhões) do orçamento do terceiro trimestre de 2015 para bancar inevitáveis custos decorrentes da crise.
Publicado em 22/09/2015