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  • O EC7 é o ponta de lança da ofensiva da chinesa Geely no mercado brasileiro
  • Por Jorge Meditsch

    Um carro grande, um início modesto. A Geely escolheu chegar ao Brasil sem muito alarde, a bordo do EC7, um sedã de porte médio que, na China, é o mais vendido na categoria entre as marcas genuinamente locais.

    O EC7 que virá para o Brasil será montado no Uruguai, driblando assim parte das restrições às importações destinadas a proteger as fabricantes multinacionais operantes em nosso país. O Uruguai é um caso singular no Mercosul, o único membro do bloco onde a produção por CKDs (montagem de kits) é liberada para exportação para os outros membros do grupo econômico.

    A Geely é a maior fabricante chinesa independente e está tentando se internacionalizar para viabilizar sua existência. Um passo ousado nesse sentido foi a aquisição da Volvo, que poderá contribuir muito em suas futuras gerações de automóveis, principalmente em relação à segurança e durabilidade, especialidades da marca sueca.

    Discrição total

    Não bastasse a identificação do modelo por uma sigla, em vez de uma marca sonora, o EC7 tem um design absolutamente discreto. Sem ser feio, o sedã passa despercebido por onde anda, a personalidade não é o seu forte. Quem porventura o notar, verá no centro da grade um logotipo colorido com clara inspiração no da americana Cadillac.

    O acabamento da carroceria parece bem razoável e, no interior, o espaço é adequado. O equipamento inclui o que hoje é o pacote básico: ar-condicionado, direção hidráulica, computador de bordo, travas elétricas, etc. Os bancos são confortáveis e a posição do motorista, boa. O porta-malas é bem grande, com 670 litros.

    Mesmo sem entusiasmar pelo estilo nem pelo desempenho, o EC7 pode ser uma alternativa atraente para quem quer um sedã de porte razoável por preço acessível

    Andando

    Nosso teste com o EC7 foi realizado quase todo em estradas, na região de Itu, interior de São Paulo. Logo de saída, a direção, pouco firme em velocidade alta, gerou uma certa impressão de insegurança. Com o tempo, o motorista se acostuma, mas é preciso cuidado com a leveza do volante.

    O carro acelera razoavelmente bem, considerando os 130 cv disponibilizados pelo motor 1.8 aspirado. O torque máximo, 16,9 kgm, aparece a 4.400 rpm. Por enquanto, o EC7 será vendido apenas com o câmbio manual de cinco marchas que, no percurso, se mostrou eficiente e macio nas trocas. O trem de força permite chegar a 100 km/h em cerca de 12 segundos e, de acordo com a fábrica, a velocidade máxima é 185 km/h o que, com a direção “flutuante”, deve provocar fortes emoções.

    Mercado

    Na apresentação, ainda em janeiro, a Geely ainda não havia definido o preço exato do EC7, mas extraoficialmente foi falado que será em torno de R$ 51 mil. O valor é compatível com o cobrado no Uruguai, US$ 25 mil e parece ser promocional, para ajudar na introdução da marca por aqui.

    A Geely Motors do Brasil, recém-constituída, pertence ao Grupo Gandini, mais conhecido como importador da Kia. A Geely terá uma rede de concessionárias independente, que deve decolar com 15 unidades, chegando a 25 no final do ano. A expectativa da empresa é vender até 3,5 mil carros no primeiro ano, entre o EC7 e o compacto GC2, que será lançado no Brasil nos próximos meses.

    O EC7 tem três anos de garantia e, pelo preço, poderá ser uma opção para quem quer um carro de bom porte e não se preocupar em ter nas mãos um produto exatamente moderno. Ele lembra, honestamente, os sedãs da década de 80, como o VW Santana. Poderá ser também uma boa alternativa para trabalhar como taxi, desde que demonstre confiabilidade.

    Publicado em 03/02/2014

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