Aproximadamente 200 veículos brilharam nos gramados do Clube Hípico de Santo Amaro, em São Paulo, durante a realização da primeira edição do Clássicos Brasil. O evento inédito, destinado somente a automóveis fabricados no país, apresentou automóveis de excelente qualidade, na maioria, além de alguns exemplares exclusivos.
Alguns modelos foram apresentados ao público pela primeira vez em muitos anos, como o Monarca, um roadster construído em 1954 por Oliviero Monarca e desenhado por Toni Bianco. Veículo único, feito sobre plataforma VW e mecânica Porsche, foi provavelmente o primeiro carro brasileiro fora de série.
Outra raridade apresentada foi o esportivo Brasília, de 1961. Duas carrocerias expostas, uma bastante danificada, no estado como foi encontrada e outra já em início de restauração, chamavam a atenção dos visitantes. São as primeiras carrocerias fabricadas no Brasil em fibra de vidro, feitas pela Moldex em 1962. Destaque para o protótipo Aruanda, um carro urbano desenhado por Ari Rocha e premiado em 1964, que foi construído pelo autor no estúdio Fissore, na Itália.
Os veículos participantes foram divididos em seis grupos, por época, avaliados e premiados por doze juízes. O quesito mínimo para ser aceita a inscrição era de 80% de originalidade. Estavam presentes vários exemplares dos dois primeiros veículos fabricados no Brasil, a Romi-Isetta e a perua DKW Vemag, ambos de 1956.
Como num desfile pelo tempo, o visitante via os Fuscas, Kombis, Gordinis, Opalas, Mavericks, Galaxies, Dodges e uma grande variedade dos veículos fabricados em série. Barracas de peças, antiguidades, modelos de automóveis, espaço para crianças e uma seção de food-trucks, completaram as atrações para os visitantes. O evento foi também um tributo à Fabio Steinbruch, aficionado e colecionador de veículos brasileiros, falecido no ano passado.
Publicado em 27/01/2015