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  • Pesquisa aponta risco de 'apagão' na Inglaterra com expansão de elétricos
  • Estudo da Green Alliance aponta que se seis carros elétricos em uma mesma região forem carregados ao mesmo tempo, pode haver blecaute
  • Por Alessandro Reis

    Realizado em abril, o Salão de Xangai (China) deste ano chamou a atenção para o grande número de lançamentos e conceitos totalmente elétricos de marcas variadas, evidenciando o foco das montadoras no desenvolvimento de veículos com essa tecnologia. Países como Alemanha e Noruega, para citar apenas dois exemplos, já aprovaram leis determinando a proibição das vendas de automóveis com motor a combustão a partir de 2025 e 2030, respectivamente. Esse futuro anunciado de mobilidade elétrica, no entanto, pode representar um desafio, inclusive em países ricos e desenvolvidos. Como gerar energia suficiente para “abastecer” as baterias dos carros elétricos, que gradualmente estão ampliando sua presença no mercado?

    Uma pesquisa realizada no abastado Reino Unido pela Green Alliance, organização ambiental independente, aponta que atualmente a infraestrutura local não daria conta de atender a demanda extra por energia elétrica desse tipo de veículo. E vai mais além, dizendo que o modelo imaginado pelos alemães e noruegueses é uma “receita para o desastre” no território britânico, levando a blecautes, a não ser que o governo local direcione pesados investimentos para incrementar a disponibilidade de energia.

    Infraestrutura é desafio para implantação dos automóveis elétricos

    De acordo com o estudo, se hoje seis automóveis elétricos na mesma rua ou em locais próximos forem conectados à rede de energia ao mesmo tempo, em horários de alta demanda, o risco de “apagões” nas proximidades é muito alto, por conta do alto consumo. Segundo a Green Alliance, uma única recarga completa de um automóvel elétrico corresponde ao gasto de energia de uma casa inteira durante três dias.

    A mesma pesquisa aponta, ainda, que atulmente a frota de 86.169 veículos elétricos que roda no Reino Unido consome menos que 1% da eletricidade gerada anualmente, mas em 2040, quando estima a presença de mais de 4,6 milhões de elétricos nas vias britânicas, essa demanda vai subir para 7%.

    Para evitar os blecautes nos horários de pico, a Green Authority recomenda ao governo investir em carregadores inteligentes, que avaliam a demanda e distribuem a energia de forma a não sobrecarregar o sistema, e em geração de mais eletricidade.

    Publicado em 21/06/2017


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