Em meio ao escândalo envolvendo a manipulação de testes de emissões em até 11 milhões de veículos a diesel, equipados com um programa de computador ilegal, o Grupo Volkswagen indicou a realização de um mega recall para corrigir o problema.
Foi o que sinalizou o novo presidente mundial do conglomerado automotivo, Matthias Mueller, falando em um plano "amplo" para garantir que os automóveis envolvidos na irregularidade sejam adequados aos limites de poluentes nos países onde foram comercializados- dentre eles, Estados Unidos, onde o caso se tornou público, Alemanha e outros mercados europeus. No Brasil, apenas a picape Amarok poderia estar envolvida, o que não foi confirmado até agora pela filial brasileira.
De acordo com a agência Reuters, citando o executivo, a empresa vai convocar "nos próximos dias" os proprietários dos carros equipados com o software fraudulento, que informava emissões muito abaixo que as reais, para a realização de reparo. As autoridades locais serão informadas sobre os procedimentos técnicos adotados pela companhia.
Do total de 11 milhões de carros fraudados, 5 milhões deles são da marca Volkswagen, 2,1 milhões trazem o emblema da Audi, 1,2 milhão é da Skoda e 1,8 milhão corresponde a comerciais leves do Grupo VW.
BRASIL - A direção da Volkswagen do Brasil informou que o país deverá entrar na segunda fase da investigação interna sobre o escândalo de manipulações para verificar se existem unidades da Amarok vendidas aqui equipadas com o programa de computador irregular.
"A princípio, não temosnoBrasil esse dispositivo. Não há confirmação ainda", afirmou hoje (29) a jornalistas Antonio Megale, diretor de assuntos governamentais da Volkswagen. Na sexta-feira passada (25), o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) anunciou que vai abrir investigação contra a Volks, que informa ainda não ter sido notificada.
Publicado em 29/09/2015
