Desde novembro do ano passado, a Porsche conta com uma subsidiária no Brasil, que centraliza as importações da marca. No ano passado, a fabricante alemã de carros-esporte e utilitários esportivos de luxo vendeu no Brasil 732 veículos, cujos preços começam acima de R$ 300 mil.

Segundo Matthias Brück, presidente da Porsche Brasil, a clientela da marca, embora não esteja imune à crise, está sendo menos afetada, o que é confirmado pelas vendas do ano passado, praticamente iguais às de 2014.

Apostando nisso, a Porsche planeja ampliar sua rede de concessionárias no país e abrirá dois novos Porsche Centers em Florianópolis, SC, e Recife, PE. No caso da capital catarinense, onde a loja será aberta até a metade do ano, até agora os clientes da marca têm que procurar apoio em Curitiba ou Porto Alegre. Com a revenda e oficina locais, Brück acredita que poderá atrair novos clientes para a marca, além de melhorar o relacionamento com os atuais proprietários.

As vendas da Porsche no Brasil, no ano passado, foram lideradas pelo utilitário esportivo médio Macan, que custa hoje a partir de R$ 309 mil. O segundo modelo mais vendido foi o SUV Cayenne e o terceiro o carro-esporte Boxster. O modelo mais caro da marca é o sedã Panamera Turbo S, vendido por R$ 1.099.000.

Modelo de entrada da marca, o Macan tem preços na mesma faixa de alguns modelos topo de linha de marcas premium, como a Audi, BMW e Mercedes-Benz, que tem a vantagem de ter redes de serviço e distribuição muito maiores. “Nossos carros têm um atrativo muito forte, que é a tradição esportiva da Porsche, que lhes dá características esportivas e um carisma especial. A Porsche nunca será, por definição, uma fabricante em larga escala. Queremos fazer carros que proporcionem aos clientes uma experiência de uso única, tanto em termos de dirigibilidade e desempenho como em conforto e praticidade para o uso diário”, afirma Brück.

Publicado em 18/02/2016