Home > Colunas > Coluna de Wagner Gonzalez > F-1: na pista nada de novo, já no paddock...
  • Coluna de Wagner Gonzalez
  • F-1: na pista nada de novo, já no paddock...
  • Verstappen domina o GP da Holanda e Ferrari erra novamente. Drugovich mais perto da categoria, a Porsche nem tanto
  • Por Wagner Gonzalez

    A semana terminou com a décima vitória de Max Verstappen na temporada, domingo, no GP dos Países Baixos (foto de abertura/Red Bull) e outro erro contabilizado na campanha 2023 da Ferrari, mas também teve novidades fora da pista de Zandvoort. Para os brasileiros, sem dúvida, a maior delas foi uma reunião entre Felipe Drugovich e Helmut Marko, o homem forte da Red Bull no que diz respeito à contratação de novos pilotos. Fora dali, a solução dada ao caso Piastri – agora legalmente um piloto McLaren - e alguns soluços na esperada união entre Red Bull e Porsche foram outros temas de destaque.

    A segunda conquista consecutiva do GP do seu país colocou Max Verstappen mais próximo do recorde de vitórias em uma única temporada, marca dividida pelos alemães Michael Schumacher e Sebastian Vettel. O primeiro alcançou a marca em 2004, ano que teve 18 provas, e o segundo em 2013, temporada que teve um 19 etapas. Este ano o calendário prevê mais sete provas, a começar pelo GP da Itália neste fim de semana, o que permite esperar que o holandês estabeleça um novo recorde ou, mais provavelmente, superar a marca de Lewis Hamilton, que registrou 11 vitórias nos anos de 2013/18/19/20.

    Para que isso aconteça será preciso contar com que a equipe Mercedes evolua ainda mais e a Ferrari siga na toada de cometer erros crassos em corridas. Em Zandvoort Carlos Sainz perdeu 12 segundos em uma parada de box normalmente completada em 2”3 porque a equipe posicionou apenas tries dos quatro pneus que seriam trocados em um pit stop na volta 43. Como consequência, o espanhol caiu de quinto para nono, mas ainda assim recuperou duas posições. Outro resultado que se torna habitual é a dupla da Alpine conseguir marcar mais pontos por prova que a rival McLaren, onde apenas Lando Norris é figura regular entre os top 10. Agora o time francês acumula 125 pontos no campeonato de construtores, contra 101 da equipe rival.

    O que pode servir de consolo para a McLaren é o resultado da Comissão de Reconhecimento de Contratos da Federação Internacional do Automóvel sobre os direitos sobre o australiano Oscar Piastri. O órgão independente da FIA julgou que os documentos enviados pela Alpine ao piloto não representavam um contrato e decidiu em favor da escuderia inglesa, resolvendo um problema que certamente ainda renderá assunto num futuro não muito distante.

    A confirmação de Piastri como companheiro de equipe de Lando Norris na McLaren em 2023 aumenta a temperatura do mercado de pilotos. Daniel Ricciardo vê as possibilidades de seguir na F-1 cada vez mais relegadas a equipe de meio do pelotão. Ante um discutível retorno à Alpine (onde competiu em 2020/21) as suas chances agora parecem direcionadas a um lugar na Haas ou, menos provável, na Alpha Tauri. Na Alpine a vaga ao lado de Esteban Ocon pende para o francês Pierre Gasly e Jack Doohan. O jovem australiano é filho do pentacampeão mundial de motos Mike Doohan e sua promoção teria consequências extra pista, ao explorar a nacionalidade comum entre ele e Piastri e o fato de ambos terem ligação com a academia de pilotos do time.

    As chances de Felipe Drugovich, virtual campeão da F-2 este ano, desembarcar na F-1 aumentaram depois que o brasileiro reuniu-se com Helmut Marko em Zandvoort. Marko sinalizou a possível contratação de Colton Herta como possível substituto de Gasly, o que reforça as especulações que o francês conversa com a Alpine. Tanto isso quanto a chegada de Drugovich na AlphaTauri, como provável companheiro de equipe de Yuki Tsunoda, seriam importantes do ponto de vista mercadológico para a Red Bull. A última experiência da marca com um piloto norte-americano foi com o californiano Scott Speed, que não marcou pontos nas temporadas de 2006 e 2007. Na disputa com Herta conta também o consumo de energéticos no Brasil, além de Drugovich ter a seu favor o fato de sua formação como piloto ser o automobilismo europeu e, obviamente, seus resultados nas fórmulas 2 e 3.

    Fora das pistas a anunciada união entre a Porsche e a Red Bull segue em regime de banho maria afetado pela crise energética que assola a Europa. O resumo desta ópera sugere o cenário de manobra para a equipe anglo-austríaca cobrar um preço maior para a uma possível associação com a marca alemã. Nessa disputa, até mesmo a continuidade da Honda como parceiro técnico ou até mesmo associado, já foi aventada sutilmente por Christian Horner.

    O resultado completo do GP dos Países Baixosvocê confere aqui.

    Siga-nos no Instagram

    Publicado em 06/09/2022


    Copyright © 2014 - Autoestrada.com.br - todos os direitos reservados