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  • Segundo revista alemã, a VW estaria para comprar parte ou toda a Fiat Chrysler, assumindo imediatamente o primeiro lugar no mercado mundial
  • Por Jorge Meditsch

    Uma matéria publicada esta semana pela revista alemã Manager Magazin agitou o mercado automotivo, ao levantar a hipótese da Volkswagen assumir o controle de parte ou toda a Fiat (hoje Fiat Chrysler).

    A notícia foi negada em comunicados distribuídos em seguida pelas duas empresas. A Fiat declarou que “não manteve conversações com a Volkswagen relacionadas a uma possível fusão”, enquanto a Volkswagen afirmou não ter projetos relativos a fusões ou aquisições em sua agenda.

    O grupo alemão tem vários ambiciosos programas de expansão em andamento e, esta semana, anunciou uma agressiva ação global de corte de custos.

    Entre as dificuldades de uma possível união entre os dois grupos estariam ações antitrust movidas pelas concorrentes e órgãos de controle econômico em vários mercados, inclusive o brasileiro

    De qualquer forma, a notícia provocou grande agitação nas bolsas de valores, com as ações da Fiat subindo até 5 por cento, antes dos preços recuarem no final da quinta-feira, ainda 2 por cento acima dos valores da véspera. Os papéis da Volkswagen, porém, mantiveram-se em baixa durante todo o dia.

    Segundo a notícia sobre a possível fusão, a Volkswagen teria comprado ações da Fiat negociadas no mercado e assumido o controle do grupo de investimentos italiano Exor SpA, que é propriedade da família Agneli, há muito tempo controladora da Fiat. A Exor possui atualmente 30% do capital da Fiat. A matéria especula que, como parte do acordo de venda, a Exor continuaria dona da Ferrari, que se separaria do grupo Fiat.

    Os boatos são alimentados pela meta estabelecida pela Volkswagen de tornar-se a maior fabricante de carros do mundo até 2018. No primeiro semestre deste ano, a Volkswagen vendeu cerca de cinco milhões de veículos, número pouco superior ao da General Motors e pouco abaixo dos 5,2 milhões alcançados pela Toyota. A aquisição da Fiat Chrysler concretizaria o objetivo imediatamente.

    Outro elemento a alimentar a história é uma antiga manifestação do CEO da Volkswagen, Manfred Winterkorn, sobre uma possível aquisição da Alfa Romeo, marca do grupo Fiat – descartada em nota do grupo italiano, que vem investindo numa ressurreição da marca esportiva, inclusive com seu relançamento no mercado norte-americano.

    Uma possível união da Volkswagen com a Fiat resultaria, imediatamente, em ações antitrust em vários mercados. No Brasil, por exemplo, a associação passaria a ter uma participação de quase 50 por cento no mercado, esmagando as concorrentes, o que dificilmente seria aceito pelas autoridades econômicas.

    Publicado em 17/07/2014


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