Um dos problemas para tornar viáveis carros autônomos, que dispensam motoristas, é a imperfeição das ruas e estradas. Detectar buracos é extremamente difícil e, por isso, a Google criou uma alternativa: fazer um registro deles.

A empresa teve uma patente aprovada no mês de agosto passado de um sistema que usa sensores montados no veículo para, “determinar e reportar a qualidade das vias utilizando um dispositivo de comunicação”.

O sistema funcionaria assim: quando o carro equipado com ele passar sobre um buraco, os sensores registrariam o solavanco e transmitiriam a posição – detectada por GPS – para uma base de dados. A transmissão seria feita pelo celular do motorista, desde que ligado ao sistema de informação e entretenimento do carro.

Os dados seriam incorporados aos mapas do Google e disponibilizados não apenas aos carros autônomos, mas também aos motoristas que os utilizam através de aplicativos diversos. Dependendo do que for detectado, os programas poderiam sugerir outras alternativas de caminho.

Segundo o texto da patente, para detectar os buracos poderiam ser usados sensores para avaliar o deslocamento vertical, como acelerômetros, ou sensores conectados à suspensão.

Na prática, ficam algumas dúvidas. Como seriam registrados os buracos tão grandes a ponto de os motoristas desviarem deles? E que tamanho teriam as bases de dados em cidades com asfalto completamente irregular, como São Paulo, por exemplo, onde além dos buracos e das valetas nas esquinas o asfalto é tipicamente ondulado?

Publicado em 30/09/2015