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  • Os caminhos da F-1 após Spielberg
  • Um balanço do campeonato após a primeira metade da temporada
  • Por Wagner Gonzalez

    No início, a Ferrari era a nova campeã após três etapas. Em seguida a Red Bull assumiu esse lugar e agora vive-se a dúvida: a Scuderia tem chances de recuperar o prejuízo? A julgar pelo que se viu em Spielberg, onde no último domingo foi disputado o GP da Áustria, a briga pelos títulos de Construtores e Pilotos de 2022 e as posições intermediárias começa a ficar mais definida e essa possibilidade existe, mas demandará uma árdua batalha. Décima segunda etapa de um calendário de 22 provas, o GP da França será disputado, dia 24 de julho, em Paul Ricard, circuito situado entre Nice e Marselha e famoso por seu piso extremamente liso.

    Enquanto Red Bull e Ferrari monopolizam a briga pelo título de construtores sob olhares algo distantes da Mercedes, no segundo pelotão Alpine e McLaren vivem batalha semelhante e aparecem empatadas em número de pontos (81). Entre os pilotos, a vitória de Charles Leclerc na Styria, segunda vitória consecutiva da Ferrari, o coloca como o rival direto de Max Verstappen pelo título da temporada. Seus respectivos companheiros de equipe, Carlos Sainz e Sérgio Pérez, não marcaram pontos no fim de semana.

    O balanço da equipe dos energéticos até agora mostra alguns abandonos por quebras mecânicas e, nas últimas duas corridas, dificuldades de acertar os carros para os pneus. Durante a corrida na Áustria, Verstappen se queixou várias vezes da falta de aderência; posto que os pneus são iguais para todos, o problema é com o automóvel e não com os artefatos de borracha.

    Por seu lado, a Ferrari segue trabalhando ao seu estilo para amenizar uma sequência de erros estratégicos e encontrar a fiabilidade que falta à sua unidade de potência. Em Spielberg Carlos se preparava para superar Verstappen e assumir o segundo lugar quando uma nuvem de óleo saiu pelo escapamento e carenagem traseira se expandia, clara demonstração de que o motor a combustão tinha estourado. Acredita-se que seja um problema igual ao ocorrido no GP do Azerbaijão.

    O fato de a F-1 ter adotado um novo regulamento técnico este ano é o motivo para tantos abandonos. Com o uso de asas dianteira e traseira padronizadas, os projetistas enfrentam agora problemas para otimizar a aerodinâmica e tornar a refrigeração mais eficiente. Essa combinação de fatores é a causa principal do desempenho da equipe Mercedes este ano: após dominar a categoria por oito temporadas, seus pilotos mal conseguem andar perto dos Red Bull e Ferrari. Se seus motores são mais resistentes do que os dois rivais de ponta, a potência é menor.

    Problemas por problemas, a McLaren sai ganhando: depois de uma temporada e meia sem que Daniel Ricciardo tenha justificado sua milionária contratação, o time liderado pro Zak Brown parece estar perdido no desenvolvimento de um carro que, igualmente, prometia mais. Enquanto Andrea Seidl cuida da parte técnica, a equipe encerra hoje dois dias de testes com Colton Herta, ontem, em Portimão (Portugal). Herta é um dos pilotos na lista de candidatos para substituir Ricciardo e que também inclui Pato O’Ward e, correndo por fora, Oscar Piastri.

    Sua maior rival, a Alpine, ganha consistência a cada etapa. Em Spielberg, Fernando Alonso largou em último e terminou em décimo, fazendo duas paradas de box, o que demonstra resistência da unidade de potência, fator básico para ir em busca de maior potência. Estebán Ocón, seu companheiro de equipe, celebrou seu 100º GP, somou 13 pontos nessa etapa, contra 6 de Lando Norris, que está 12 pontos à sua frente (64 x 52) no campeonato. Ainda sem consolidar a condição de equipe de meio de pelotão, a Alfa Romeo está duas corridas sem marcar pontos, enquanto a Haas parece ressurgir: nessas mesmas duas corridas, a equipe norte-americana marcou 19 pontos e viu Mick Schumacher terminar em sexto lugar na Áustria, seu melhor resultado na F-1.

    AlphaTauri, Aston Martin e Williams seguem buscando resolver problemas diferentes, que envolvem inconsistência de pilotos, carros pouco competitivos e projetos ineficientes.

    Bernie Ecclestone

    Depois de ter sido encontrada uma arma não declarada em sua bagagem, meses atrás, quando embarcava no aeroporto de Viracopos (SP) para a Suíça, Bernie Ecclestone agora enfrenta outro problema. Agora é o Crown Prosecution Service, uma entidade que trabalha independentemente do governo e da polícia britânicas. Ecclestone é acusado de não declarar £400 milhões, cerca de R$2,552 bilhões, em fundos mantidos no exterior.

    O resultado completo do GP da Áustriavocê encontra aqui.

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    Publicado em 15/07/2022


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