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  • Carros não têm volante nem pedais de acelerador ou freio. A única possibilidade de intervenção é um botão de emergência para parar o veículo caso necessário
  • Por Jorge Meditsch

    A Google está fabricando uma série de 100 veículos experimentais elétricos, dando continuidade ao seu projeto de desenvolvimento de carros que dispensam motoristas. A novidade do novo modelo, que tem dimensões entre o Fiat 500 e o Smart, é a total ausência de comandos: não há volante, acelerador, pedal de freio ou alavanca de câmbio.

    As únicas possibilidades de intervenção humana no funcionamento do carro são um botão vermelho de emergência, que pode parar o veículo caso necessário, e outro botão para autorizar sua partida.

    O novo carro autônomo da Google será comandado através de um aplicativo para smartfones. Através dele, o usuário chamará o “Googlemóvel” mais próximo e selecionará seu destino ao embarcar. Depois disso, poderá relaxar e se dedicar a quaisquer atividades, como ler, trocar mensagens de texto, assistir vídeos ou jogar algum game, até chegar ao endereço indicado ao carro.

    Apesar de ter investido vários milhões de dólares no desenvolvimento do carro sem motorista nos últimos anos, a Google até agora não manifestou se pretende entrar na área automotiva como fabricante no futuro ou se apenas venderá sua tecnologia para os grupos automobilísticos tradicionais. Um dos passos fundamentais para a empresa, agora, será conseguir permissão das autoridades de trânsito para que seus veículos possam circular em vias públicas.

    Segundo a empresa, a decisão de investir ainda mais nos carros autônomos foi tomada depois de mais de um ano de experiência feita por um grupo de funcionários que utilizou carros sem motoristas para irem diariamente ao trabalho, sem nenhum registro de acidente.

    O usuário vai chamar o Googlemóvel pelo celular, escolher o destino e relaxar até chegar lá

    Os novos Googlecars terão sensores eletrônicos com alcance de cerca de 200 metros e 360 graus de cobertura. O design lembra um pouco uma bolha, como o do Isetta (no Brasil, Romi Isetta). Até agora, a Google usou como base para seu projeto o Prius, da Toyota, e um SUV da Lexus.

    O projeto da Google utiliza algumas tecnologias já disponíveis em veículos de série mais sofisticados, como o piloto automático adaptativo, que mantém uma distância constante do carro que vai à frente, podendo inclusive parar o carro e arrancar novamente em engarrafamentos. Uma versão mais sofisticada, o Traffic Jam Assist, da Mercedes-Benz, comanda inclusive a direção do carro. Nos carros atuais, porém, o motorista pode intervir a qualquer momento e os sistemas são desligados assim que a direção, o freio ou o acelerador forem acionados.

    Inicialmente, os Googlecars terão velocidade limitada a 25 milhas por hora, aproximadamente 40 km/h, e só serão usados em áreas urbanas, fora de rodovias e pistas expressas. Os carros elétricos terão autonomia de até 160 quilômetros. As primeiras unidades, que estão sendo produzidas por uma empresa de Detroit, vão rodar no início do ano que vem.

    Entre as primeiras aplicações imaginadas para veículos sem motoristas está o uso como taxis. Um estudo preliminar prevê que, por exemplo, uma frota de nove mil Googlecars poderia substituir com vantagens os 13 mil taxis que rodam em Nova York, atendendo aos chamados dos clientes em menos de um minuto a um custo de 50 centavos de dólar por milha percorrida, contra 4 dólares cobrados atualmente. Uma ameaça para o futuro da profissão de taxista...

    Uma das vantagens para o futuro, sobretudo nos Estados Unidos, onde muitas pessoas moram em subúrbios e trabalham no centro das grandes cidades, é a possibilidade teórica dos carros autônomos circularem em comboios, a pouca distância uns dos outros, reduzindo o engarrafamentos nas autoestradas. Sem as limitações dos motoristas, eles poderiam, em tese, andar em alta velocidade.

    Confira o Googlemóvel no vídeo abaixo:

    Publicado em 28/05/2014


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