A tecnologia de condução totalmente autônoma, que ainda está em testes e deverá chegar ao mercado até 2020, ganhou destaque na mídia recentemente, por conta da morte do condutor de um Tesla Model S. O sedã elétrico, que é equipado com versão beta de um sistema semiautônomo, bateu em um caminhão em uma estrada dos EUA quando o motorista, supostamente, rodava sem as mãos no volante.
Ainda há muito terreno para percorrer até que um automóvel autônomo seja seguro o suficiente e, além disso, a legislação de trânsito ainda não prevê, em nenhum país, a venda de veículos que dispensem completamente o volante e os pedais tradicionais - a própria Tesla orienta os motoristas de seus carros a manter as mãos sempre no volante e a atenção voltada à pista.
Nessa fase de transição, muitos automóveis disponíveis no mercado, posicionados na faixa de preço acima dos R$ 100 mil, trazem alguns recursos automatizados, como sistemas que esterçam o volante sozinho em manobras de estacionamento. Outro exemplo disso é o chamado piloto automático adaptativo, que não apenas mantém a velocidade constante, mas regula automaticamente a distância de segurança relativa ao veículo logo à frente, freando e acelerando por conta própria
Disponível para modelos como o sedã grande Fusion, da Ford, o dispositivo ganhou um vídeo demonstrativo da montadora. Neste link, a fabricante explica como a tecnologia funciona: basta ligar o sistema por meio de um botão no volante, acelerar até a velocidade desejada e apertar outro botão, para definir essa velocidade. A partir daí, basta tirar o pé do acelerador que o veículo mantém a velocidade programada e, caso seja necessário, breca para manter uma distância segura do carro em frente - ela tem quatro ajustes, do mais próximo ao mais distante.
Quando a pista fica livre, o Fusion volta a acelerar até atingir a velocidade escolhida pelo condutor. O monitoramento da distância relativa ao outro automóvel é feito por meio de um radar, instalado na dianteira do sedã.
Além do piloto automático adaptativo, o sedã grande da Ford tem à disposição outros recursos de condução semiautônoma, como o já citado assistente de estacionamento, monitor de pontos cegos e auxiliar de permanência na faixa - este último traz câmeras que "leem" as marcações laterais da via e emite um alerta, por meio de leve vibração do volante, quando "percebe" uma mudança involuntária de faixa
Publicado em 13/07/2016