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  • Mercedes AMG - muito além do status
  • Quem acha que Mercedes é uma marca careta, não sabe de nada. Por trás da estrela, pode haver muito desempenho e emoção
  • Por Jorge Meditsch

    Líder até agora sem competidor à altura, no Campeonato Mundial de Fórmula 1, e participante de ponta nos campeonatos internacionais de Gran Turismo e DTM, a Mercedes-Benz não consegue, no Brasil, consolidar uma imagem jovem e esportiva. Entre nós, a marca da estrela é firmemente associada ao status, à meia-idade e a um comportamento conservador.

    Primeira fabricante de automóveis no mundo, a Mercedes luta para mudar essa impressão. Além do Classe A, CLA e GLA, modelos voltados a um público jovem e menos aquinhoado financeiramente, a marca conta com uma tropa de choque do lado esportivo: a AMG.

    Transformar carros de rua em puros-sangues capazes de acelerar a pulsação de quem os dirige é a missão da divisão esportiva da Mercedes. Seus engenheiros – que talvez poderiam ser chamados de magos – se especializaram em, partindo dos modelos de série da marca, produzirem foguetes sobre rodas.

    Alguns deles, os mais radicais, só podem ser realmente apreciados numa pista fechada. Fois assim que, na última semana, experimentamos quase todos os AMGs vendidos no Brasil, entre eles os lançamentos mais novos por aqui. A lista: para começar, o A 45 AMG, CLA 45 AMG, GLA 45 AMG, SLK 55 AMG, E 63 AMG, CLS 63 AMG e SL 63 AMG. E os recém-chegados S 63 AMG Coupé 4MATIC, o impressionante AMG GT S e o não menos empolgante AMG C 63 S,

    Mexa com ele e o carro vira fera. Com linhas indubitavelmente esportivas, mas até certo ponto conservadoras, o Mercedes-AMG GT S tem um motor AMG 4,0 litros V8 biturbo com 510 cv e mais de 700 Nm de torque. Acelere fundo e ele vai lhe empurrar contra o banco com uma força fora do normal, passando pelos 100 km/h em 3,9 segundos rumo ao máximo que você se aventurar a chegar nos limites da pista. Não é por acaso que ele é o carro de segurança da Fórmula 1, encarregado de puxar a fila quando a pista é interrompida em 'baixa velocidade", coisa de uns 150, 200 km/h.

    Muita eletrônica embarcada ajuda no lado da segurança, resolvendo boa parte dos problemas criados pelo entusiasmo. Como “punição” aos mais ousados, o carro, ao corrigir sua trajetória nas curvas, modera a força momentaneamente, incentivando o piloto (não há como não se sentir um) a pensar melhor antes da próxima investida.

    Bem mais discreto, o S 63 AMG Coupé se destaca pela elegância e tamanho. Na pista, ele não deixa nada a desejar: empurrado por 585cv, também acelera de 0 a 100 km/h em 3,9 segundos. A Mercedes proclama o Classe S como o melhor carro do mundo e tem lá suas razões. O grande cupê impressiona e na versão esportiva, ainda mais.Entre os três lançamentos, é o mais caro: US$ 346.900.

    Sedã de briga

    Na versão “civil”, o Mercedes Classe C é o sedã mais vendido pela marca e considerado, de certa forma, um modelo de entrada no segmento premium. Seu irmão esportista, o Mercedes-AMG C 63 S, está entre os carros mais divertidos de guiar disponíveis no mundo, trazendo sob o capô um V8 biturbo 4,0 litros e 510 cv.

    Ajudam a manter a compostura na pista a suspensão esportiva AMG RIDE CONTROL, o diferencial blocante traseiro controlado eletronicamente e o sistema DYNAMIC SELECT. Ajuda bem-vinda: o C 63 S acelera de 0 a 100 km/h em 4,0 segundos e a velocidade máxima é 290 km/h.

    Basta acelerar fundo para experimentar a sensação de um verdadeiro carro de corrida. Chegar a 100km/h em menos de quatro segundos é uma experiência que vale a pena

    O AMG V8 tem dois turbocompressores, montados dentro do V formado pelas bancadas de cilindros, numa configuração mais compacta que a padrão. Quando em ação, a sonoridade faz parte do espetáculo: dependendo do modo de transmissão escolhido no AMG DYNAMIC SELECT, o som do motor varia entre notas sutis e um ronco intimidador. O efeito é gerado por um defletor localizado na parte dianteira do sistema de escapamento duplo, cujo ângulo muda conforme o modo de transmissão, a solicitação de força feita pelo condutor e a rotação.

    O Mercedes-AMG C 63 S possui um diferencial blocante traseiro que reduz o escorregamento da roda interna na curva sem intervenção do freio, permitindo acelerar mais cedo na saída das curvas.

    O carro traz de série pneus 245/35 R 19 na dianteira e 265/35 R 19 na traseira, montados em rodas de 19 polegadas. Os discos dianteiros são de material composto, com 390 milímetros de diâmetro. A eficiência nas frenagens impressiona: se aplicados com força nos pontos sugeridos na pista, marcados por cones vermelhos, a velocidade do carro caía além do desejado antes das curvas, exigindo uma retomada de aceleração até o ponto de tomada.

    Design

    O C 63 S precisou passar por mudanças aerodinâmicas e de resfriamento para adequar-se ao desempenho. Ele teve as molduras de rodas alargadas em 14 milímetros de cada lado e sua seção dianteira completa é 54 milímetros maior que a do Classe C normal. Outras alterações foram feitas na traseira, onde se destaca o difusor dinâmico na parte central inferior do para-choques.

    Preços

    A Mercedes-Benz cota os três modelos recém-lançados em dólares, mas anuncia que, inicialmente, irá fazer a conversão para reais à razão de um dólar por R$ 2,60 – câmbio bastante camarada. O GTS custa US$ 329 mil, o S 63 Coupé, US$ 346.900 e o C 63 S – o mais em conta, mas não menos divertido, US$ 209.900.

    Publicado em 27/05/2015

    divulgação - Os lançamentos, na pista


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