Sucesso de vendas da Renault brasileira, o Duster passou por alguns retoques para enfrentar a acirrada concorrência que se arma no segmento dos utilitários esportivos urbanos. Apesar de esperar uma queda de vendas compatível com a recessão geral do mercado automotivo, a Renault quer manter a participação de seu carro no segmento, uma meta ambiciosa ante a entrada de vários concorrentes na disputa pelos compradores.
As principais mudanças do Duster concentram-se no design: ele traz novos para-choques, uma nova barra no teto, mais visível, e novas rodas. Os faróis dianteiros mudaram bastante e as novas lanternas traseiras são em LEDs.
O interior também mudou, com alterações dependendo das versões. Houve uma melhora nos materiais, que estão mais suaves ao toque nas portas e nos bancos. O painel central tem acabamento preto brilhante e o painel de instrumentos, sem mudanças, ganhou nova iluminação.
Onde é mais fácil mexer, na área eletrônica, o Duster traz uma evolução do sistema Media NAV que, em algumas cidades, dá acesso a informações de trânsito em tempo real. Ele também permite acessar mídias sociais por meio de smartfones.
Um detalhe importante: apesar das mudanças, a Renault conseguiu reduzir ligeiramente os preços. Viva a concorrência!
Tamanho é documento
Uma das vantagens competitivas do Duster é seu porte imponente, que não fica apenas no visual. O modelo da Renault oferece mais espaço para os ocupantes que a maior parte dos competidores, além de um bom compartimento de bagagem – ponto crítico em muitos SUVs urbanos derivados de automóveis de passageiros. São 475 litros de espaço.
A acomodação para o motorista é bastante boa. Percorremos um bom trecho de estrada com a versão topo de linha, o Dynamique 2.0 4x4, cheio de curvas e lombadas sucessivas que, embora irritantes, mostraram que o motor de dois litros é bom nas retomadas de velocidade. O motor, aliás, ganhou 6 cv e agora tem 148 cv de potência máxima (com álcool). O câmbio de seis marchas é competente e preciso – a sexta marcha é útil apenas na estrada, em terrenos planos. A suspensão, firme nas curvas apesar da altura do carro, filtra bastante bem as irregularidades do piso.
Uma característica do Duster, em todas as suas versões, são os amplos ângulos de entrada e saída (30º e 34,5º) e a altura livre de 21 cm do piso. Isto permite que ele supere irregularidades do terreno com desenvoltura. A operação em situações mais extremas é facilitada pelo engate permanente da tração 4x4 e bloqueio do diferencial central, executada através de um botão no painel.
Apesar de ter uma capacidade razoável para enfrentar trilhas com subidas e descidas íngremes, além de valetas e alguma lama, o Duster não oferece as facilidades eletrônicas encontradas em SUVs de maior preço. Ele exige alguma perícia do condutor – o que pode tornar a aventura mais empolgante ou arriscada, conforme o caso. Um dos desafios é gerado pelo motor, que tem torque máximo em rotação algo elevada e exige ser mantido pelo menos a 3 mil rpm para superar subidas mais acentuadas. É bom lembrar que a versão 4x4 é oferecida apenas com câmbio manual.
VERSÕES E PREÇOS
Expression 1.6 16V câmbio manual - R$ 62.990
Dynamique 1.6 16V câmbio manual - R$ 67.990
Dynamique 2.0 16V câmbio manual - R$ 72.990
Dynamique 2.0 16Vcâmbio automático - R$ 75.990
Dynamique 2.0 16V 4x4 câmbio manual - R$ 78.490
Publicado em 07/04/2015
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