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  • O motor turbo de 130 cv é o ponto alto do Pulse. Ele casa muito bem com o câmbio CVT
  • Por Jorge Meditsch

    A cor chama a atenção e agrada: o Pulse Audace que testamos veio pintado de cinza, numa tonalidade semelhante à usada pela Marinha, só que com acabamento brilhante. Além dela, o SUV urbano da Fiat parece agradar também pelo design externo - muita gente comentou.

    Indo direto ao ponto: o conjunto motor-câmbio é o melhor desse Audace. O carro tem muita agilidade, a ponto de parecer ter um motor maior. O 1.0 turbo tem 130 cv e 20,4 kgfm de torque e o casamento com o câmbio CVT é muito bom. Ainda por cima há um botão Sport no volante, que muda o comportamento do câmbio e proporciona acelerações mais rápidas.

    Se o motor agrada pelo desempenho dinâmico, não corresponde ao esperado no consumo. Numa curta viagem de cerca de 180 km ida e volta, em terreno plano e velocidade constante em torno de 100 km/h, o Audace não conseguiu fazer mais que 12 km por litro. A aerodinâmica tijolar, típica dos SUVs, deve pesar nesse sentido. Na cidade, rodando em área com pouco trânsito, o consumo ficou em torno de 10 km/l.

    A posição do motorista agrada a motoristas que gostam de se sentir poderosos, olhando o mundo de cima. É bem alta, mesmo regulando o banco o mais baixo possível. Isso não é ruim, considerando a altura do capô, que limita um pouco a visibilidade próximo ao carro. Por outro lado, a altura excessiva provoca uma certa insegurança ao dirigir, principalmente no início da convivência com o Pulse: parece que estamos num caminhão e que é preciso ir mais devagar nas curvas.

    O consumo é alto mesmo na estrada. A aerodinâmica não ajuda e, andando em velocidade constante, 100 km/h, não deu para fazer mais de 12 km/l

    O volante só tem regulagem de altura, e o ajuste de profundidade faz falta. O volante tem um grande número de comandos incorporados e traz junto palhetas para “trocar” marchas virtualmente, o que é bastante dispensável na maior parte do tempo. Há um custo para dispor desse recurso, que a maioria das pessoas não utiliza. Eliminá-lo, deixando a opção de troca apenas na alavanca, poderia baixar o preço do carro.

    O Audace é razoavelmente silencioso, mas deu para sentir uma certa aspereza na estrada, aparentemente vinda dos pneus. A suspensão é confortável, eliminando bem as oscilações do piso. Nas curvas ela também se comporta bem, considerando a proposta do modelo.

    O espaço é bom na frente, mas no banco traseiro não é muito generoso. Mas dá para levar dois adultos razoavelmente acomodados. O que é apertado mesmo é o porta-malas, de 370 litros declarados. Mas isso é um problema típico dos SUVs pequenos. Dá para levar as compras do supermercado sem problemas, mas para viajar com a família para muitos dias fora pode ser pequeno.

    O painel de instrumentos é muito bom, com o display personalizável. O carro dispõe de todos os recursos de conexão hoje obrigatórios. Além disso, há muitos recursos de assistência à segurança, com destaque para o assistente de mudança de faixas, que alerta se o carro mudar a trajetória sem que o pisca tenha sido ligado, aumentando também o peso do volante. Outro recurso é o alarme de frenagem, que avisa se você estiver se aproximando depressa do carro da frente. Na prática, ele pareceu um tanto “histérico”, disparando em condições não tão perigosas assim. Mas é melhor exagerar do que falhar...

    A versão Audace do Pulse, equipada como a que testamos, custa em torno de R$ 130 mil. Não é barato, mas hoje não há mais carros baratos. É possível optar ainda por vários acessórios, elevando o preço ainda mais. O principal concorrente do Pulse é o VW Nivus, mais ou menos na mesma faixa de preços.

    Publicado em 12/04/2022

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