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  • A nova versão do SUV da Jeep mostra alguma influência italiana no estilo, mas mantém o espírito aventureiro da marca, mesmo nas versões mais urbanas
  • Por Jorge Meditsch

    O novo Cherokee, que começa a chegar ao Brasil, é mais um produto do mix de uma das marcas americanas mais clássicas, a Jeep, com o tempero italiano da Fiat. A nova versão do utilitário esportivo traz um estilo bem mais arredondado, com formas marcadas pela influência dos novos controladores da Chrysler. Isto não quer dizer, porém, que haja descuido com relação ao espírito da marca Jeep: apesar de urbanizado, novo Cherokee continua apto a encarar com galhardia caminhos onde muitos concorrentes não se sentiriam muito à vontade.

    A dianteira do novo Cherokee tem traços ousados. Os designers mantiveram as sete aberturas clássicas do Jeep como elemento dominante, mesmo sem serem necessárias funcionalmente. O radiador do Cherokee é posicionado mais para baixo, dentro do capô e a maior parte do ar para arrefecimento entra mesmo pela grade inferior, conjugada ao para-choques.

    Interessante é o jogo das luzes: as lanternas de condução diurna, de LEDs, posicionadas ao alto, nos cantos, se destacam bem mais que os faróis, discretamente colocados numa posição intermediária, sobre o para-choques. Os faróis de neblina ladeiam a grade inferior e são mais destacados. Na traseira, lanternas pequenas e altas mostram a influência italiana no design.

    Por dentro

    A Jeep caprichou no interior do novo Cherokee. Na versão intermediária Limited, que foi a que experimentamos (as outras chegarão mais tarde), a cabine é dominada pela forração em couro sintético, de bom gosto e muito bom acabamento. No centro do painel, a grande tela sensível ao toque traz comandos bem destacados e, ao contrário de sistemas semelhantes de outras marcas, fáceis de usar.

    Os instrumentos têm tipologia inspirada no Jeep original, da década de 1940, e, entre o velocímetro e o conta-giros, há um mostrador digital multifuncional de bom tamanho, que pode ser programado ao gosto do motorista para várias informações relevantes. Entre elas está o monitoramento da pressão dos pneus, que experimentamos na prática: em plena trilha, o dianteiro esquerdo furou.

    O espaço é bom no banco traseiro, que é deslizante e pode aumentar o volume do porta-malas. Na frente, motorista e passageiro ficam bem isolados um do outro pelo volumoso console central, que limita um pouco o espaço para os joelhos.

    O câmbio de nove marchas otimiza o aproveitamento do motor. O motorista pode selecionar o modo de tração mais adequado para as condições do caminho através de um comando giratório no console central

    Na estrada

    O Cherokee vem com pneus de uso misto que, no asfalto, produzem algum ruído – mas nada que chegue a perturbar a conversa entre os ocupantes. O rodar é macio, mas firme. Apesar de sua altura, o jipão é firme e preciso nas curvas. A carroceria pouco se inclina e a direção transmite confiança. Em suma: é um carro bem comportado.

    A tocada no asfalto se beneficia muito do novo câmbio automático de nove marchas, que complementa muito bem o motor V6 de 3,2 litros e 271 cv. A primeira marcha é ultracurta mas, mesmo assim, mal se percebe quando o carro passa para a segunda, ao arrancar. Já as quatro superiores são ‘overdrive’, privilegiando a economia de combustível. A seleção de marchas é inteligente e frequente em velocidades de cruzeiro, entre 90 e 110 km/h, como andamos, mantendo o motor sempre dentro da faixa ideal de rotações.

    Na trilha

    A Jeep faz questão de afirmar que, carros com sua marca, têm que estar aptos a enfrentar algum grau de dificuldade na estrada. O Cherokee Limited não é a versão mais preparada para o off-road, papel reservado à Trailhawk, que chegará nos próximos meses. Ele conta com tração nas quatro rodas mas, no uso normal, utiliza tração dianteira – o eixo traseiro é conectado automaticamente quando necessário.

    Dependendo das condições do caminho, o motorista pode selecionar entre quatro opções de tração: Auto, Snow (neve), Sport e Sand/Mud (areia/lama). A partir daí, são influenciados 12 sistemas diferentes, incluindo motor, câmbio, freios, controle de estabilidade (ESC), entre outros, adequando o carro para a situação a enfrentar. Na versão Trailhawk, que tem suspensão uma polegada mais alta, há um modo adicional, que bloqueia o diferencial traseiro e ajuda a transpor obstáculos ainda mais desafiadores.

    Os preços sugeridos do novo Cherokee são: R$ 159.900 (Longitude), R$ 174.900 (Limited) e R$ 189.900 (Trailhawk). A expectativa de vendas para os três modelos é de cerca de 1.200 unidades por ano, com 60% do Limited, 30% da versão de entrada Longitude e 10% do topo de linha Trailhawk.

    Publicado em 15/09/2014

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