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  • O Gol e o Voyage agora podem vir com câmbio automático de seis marchas, com motor 1,6 litro de 120 cv
  • Por Jorge Meditsch

    Demorou, mas a Volkswagen acabou se rendendo ao mercado: acabam de chegar o Gol e o Voyage com câmbio automático. A nova transmissão de seis marchas substitui a opção de câmbio automatizado, uma solução a princípio inteligente, mas que pelo custo não tão barato quanto esperado e por suas características de funcionamento – sujeito a alguns pequenos solavancos – nunca decolou.

    O lançamento das versões automáticas marca também a apresentação de um novo design dianteiro para os dois modelos. A grade foi alargada, os faróis são maiores e o capô, mais elevado. No para-choques, há entradas de ar mais amplas e luzes de neblina encaixadas nas extremidades.

    Esteticamente, é isso. No restante, o Gol e o Voyage mantêm as mesmas laterais e traseira, do lado de fora, e o design e bom acabamento interior irretocados.

    Direto ao ponto: na estrada

    O que interessa mesmo é como anda o Gol com o novo câmbio. A Volkswagen adotou uma transmissão automática tradicional, com seis marchas e conversor de torque. Associado a ela está o bom motor 1,6 litro MSI, com 120 cv. O conjunto é o mesmo oferecido também para as versões de entrada do Novo Polo e o Virtus. O 1.6 MSI tem quatro válvulas por cilindro e tem um desempenho bastante elástico, marcado também pela economia no consumo.

    Até alguns anos, uma característica dos carros com câmbio automático tradicional era o consumo nitidamente maior do que as versões manuais. Isso se devia ao ‘deslizamento’ do conversor de torque – componente que substitui a embreagem, ligando o motor à transmissão – em diversas situações. Esse problema foi grandemente minimizado na transmissão usada pela Volkswagen, que bloqueia o conversor quando sua ação não é necessária, como ao rodar na estrada em velocidade constante, por exemplo.

    O casamento motor-câmbio funciona bem. Não há trocas desnecessárias e o consumo de combustível é bem razoável.

    Leve por natureza – pesa pouco mais de mil quilos – o Gol automático se mostra bem ágil nas respostas ao acelerador. O gerenciamento eletrônico garante um bom relacionamento entre motor e câmbio e as trocas são sensivelmente discretas e, no uso normal, não tão frequentes como em outros modelos.

    Nas ultrapassagens e retomadas mais vigorosas, há sempre o recurso do kickdown (pisar no acelerador momentaneamente até o fundo) para reduzir a marcha e elevar a rotação do motor. Mas o Gol e o Voyage trazem também aletas de comando do câmbio no volante que, além de fazer motoristas imaginativos se sentirem pilotando um Fórmula 1, possibilitam escolher as marchas manualmente, de forma sequencial. A experiência mostra que, na maioria dos casos, esse recurso acaba sendo quase esquecido pelos proprietários dos carros onde é oferecido – em geral, as opções de trocas do sistema de gerenciamento são mais inteligentes que as dos motoristas.

    Uma curiosidade: o câmbio automatizado I-Motion continua sendo oferecido em apenas um modelo da VW, o up!. A razão é que o pequeno, moderno e ágil hatch não tem espaço para a instalação de uma caixa automática tradicional. Uma pena.

    Andamos com um Gol automático entre as cidades de Guarulhos e Taubaté, no interior de São Paulo. Boa parte do percurso foi feita em estradas, mas houve algumas incursões em áreas urbanas, como na pequena Guararema, às margens do rio Paraíba do Sul. Levando três ocupantes de porte avantajado, o Gol se mostrou bastante eficiente – evidentemente sem pretensões a esportivo.

    Como a maioria dos carros da VW, a nova versão é agradável de guiar. Entre outros participantes do teste de direção, no lançamento do carro, houve quem achasse o carro um tanto ruidoso. É preciso considerar, porém, que o Gol não é um modelo premium e tem um isolamento acústico limitado. Pode atrapalhar quem curte música clássica minimalista, mas não é nada que chegue a ser desagradável, nem mesmo que dificulte a conversa a bordo em níveis normais.

    Preços

    O Gol e o Voyage automáticos são oferecidos em versões únicas. O hatch custa R$ 54.580 e o sedã, R$ 60 mil. Há três pacotes de opcionais, que incluem entre outros itens rodas de liga leve, sensores de estacionamento, retrovisores elétricos e sistema multimídia que, juntos, custam em torno de R$ 5 mil.

    Publicado em 09/08/2018

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