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  • up! ganha versão com duas portas e opção de câmbio automatizado
  • Modelo duas portas tem ar mais esportivo, mas visa principalmente clientes corporativos. O câmbio automatizado deve agradar aos motoristas das grandes cidades e é uma novidade brasileira - não é oferecido para o up! europeu
  • Por Jorge Meditsch

    Houve um tempo, entre as décadas de 1970 e 80, em que o mercado brasileiro foi dominado por carros com duas portas. Sem que ninguém saiba explicar exatamente o porquê, quase ninguém optava por modelos com quatro portas, considerados caretas e rotulados como “carro de velho”. As coisas mudaram com a abertura das importações na década de 1990 e, hoje, a tendência é inversa.

    Foi seguindo a maré marquetológica que a Volkswagen lançou o up! no Brasil inicialmente na versão quatro portas. O modelo com duas, demorou três meses para chegar. Ao contrário do que ocorre na Europa, onde o up! com duas portas é o mais vendido, a VW espera, aqui, expandir as vendas do modelo principalmente na área corporativa, com a versão mais barata, a take up!, que tem preço sugerido de R$ 26.900,00. O duas portas terá apenas duas versões – a outra é a move up! – diferentemente do quatro portas, também oferecido nos formatos high up!, black up!, white up! e red up!, mais completos e mais caros.

    Em linhas gerais, o up! 2p pouco difere do 4p. Como o irmão, o duas portas está entre os carros feitos no Brasil mais avançados tecnologicamente, principalmente do ponto de vista da construção e segurança. Ambos contam com o novo motor VW 1.0 com três cilindros que, do ponto de vista nacional, representa um grande avanço em termos de performance, consumo de combustível e emissões de poluentes.

    Câmbio automatizado

    Uma novidade na linha up!, apresentada juntamente com o duas portas, é o oferecimento do câmbio automatizado I-Motion, opção até agora inédita entre automóveis brasileiros com motor de um litro. Baseada no tradicional câmbio manual de cinco marchas adotado nos modelos VW brasileiros 1.0 e 1.6, ele poderá atrair atenções para o up! principalmente de consumidores das grandes cidades, à procura de alívio nos inevitáveis engarrafamentos.

    Como o quatro portas, o up! 2p foi adaptado para o mercado brasileiro: cresceu 6,5 cm, tem tampa do porta-malas de aço e perdeu o controle eletrônico de estabilidade

    Para suavizar o funcionamento do I-Motion, os engenheiros da Volkswagen mudaram as relações das marchas mais curtas do câmbio. No teste que realizamos, deu para notar a evolução da caixa automatizada que, desde que o motorista não insista em dirigir agressivamente, faz trocas de marchas de forma bastante confortável. Há quem prefira trocar as marchas manualmente, aproveitando apenas a ausência do pedal da embreagem, o que pode ser feito através da alavanca de câmbio sem dificuldades. Borboletas no volante não são oferecidas no up!, iriam encarecer muito o produto.

    Versão “jabuticaba”

    “As aves que aqui gorjeiam, não gorjeiam como lá”. Confirmando os versos de Gonçalves Dias, a Volkswagen modificou o up! para o gosto do motorista brasileiro e as condições de mercado. Uma pena que a adaptação tenha eliminado o controle eletrônico de estabilidade, equipamento de série na Europa, que aqui não é disponível nem como opcional.

    As mudanças maiores ocorreram, como no quatro portas, no tamanho do porta-malas, que implicou no redesenho da lateral do carro. “Esticado” em 6,5 centímetros, o up! duas portas tem janelas laterais maiores na traseira, o que até lhe dá um ar mais esportivo. Uma diferença no alinhamento entre a base das janela dianteira e traseira, causado por uma borracha no vidro da porta causa um certo desconforto visual, mas muita gente não vai notar. Como no 4p, a tampa do porta-malas da versão brasileira é de metal, diferente da europeia, feita de vidro. Segundo a VW, a intenção da mudança é reduzir custos de manutenção.

    Na Europa, o up! não é oferecido com câmbio automatizado nem automático. Conta apenas com o câmbio manual MQ100, que no Brasil foi substituído pela tradicional caixa MQ200, alguns quilos mais pesada, por razões econômicas. Um recurso interessante do carro é o indicador, no painel, da marcha ideal a ser usada a cada momento. A unidade de comando do motor, calcula continuamente qual marcha deve ser engatada para uma condução econômica e, se o motorista for obediente, vai poupar combustível e dinheiro.

    Já o motor, que atende pelo longo nome 1.0l MPI 3 cilindros Total Flex, é baseado no europeu com as devidas alterações para beber desde o coquetel vendido no Brasil com o nome de gasolina (com 20 a 25% de álcool) até etanol puro (oficialmente com 5 a 6% de água). Não dá para reclamar: ele é ágil, elástico e superior a todas as outras opções disponíveis de motores até 1.000 cm³. Econômico, ganhou nota “A” no Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular do INMETRO, ele surpreende ao andar – vale experimentar.

    Publicado em 03/05/2014

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