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  • Terceira geração do Honda Fit chega para dobrar as vendas no Brasil
  • A terceira geração do compacto ficou mais espaçosa e com aparência mais agressiva. A intenção é conquistar o público masculino
  • Por Gabriel Marazzi

    Quando foi lançado em 2003, o Honda Fit surpreendeu o mercado nacional por ter características um tanto diferentes do que aqueles que seriam seus concorrentes. Alguns diziam ser um hatch, outros diziam ser um monovolume. Mas não importa. O fato é que, aos poucos, e mesmo custando mais do que deveria, ele conquistou seu público. Especialmente as mulheres. E câmbio contínuo CVT era um de seus trunfos. Na segunda geração, de 2009, ele até melhorou, ficou mais bonito, mas perdeu seu bom câmbio contínuo. A terceira geração, no entanto, que chega agora, corrige esse defeito, apostando novamente em um câmbio CVT totalmente novo, com conversor hidráulico de torque, e aproveita para ficar ainda melhor.

    Não é preciso dizer que o novo Fit ficou mais bonito. Suas imagens mostram isso. É que as alterações visuais visaram ganhar um pouco mais de público masculino, tornando a frente mais agressiva. Além de tudo isso, o novo Fit ficou mais espaçoso por dentro, sem alterar muito as medidas externas. Apenas aumentaram a distância entre-eixos (30 mm) e o comprimento (97 mm).

    O Honda Fit é vendido em 120 países, com mais de cinco milhões de unidades produzidas desde 2001. No Brasil, foram mais de 500 mil unidades produzidas na fábrica de Sumaré. Determinados a dobrar as vendas por aqui, no próximo ano a Honda iniciará a produção do Fit também na nova fábrica paulista de Itirapina.

    São quatro as versões do novo Fit, DX, LX, EX e EXL, todos com o motor 1.5 i-VTec flex, os dois primeiros com câmbio manual de 5 marchas e opção do novo câmbio CVT e os dois últimos exclusivamente com o câmbio continuamente variável CVT.

    Visualmente, o novo Fit está estreando a nova identidade visual da marca, com o chamado conceito “Solid Wing Face”. É o que dá ao Fit essa aparência mais agressiva. E mais bonita. Internamente, o ganho em espaço provém do conceito “Máximo para o Homem, Mínimo para a Máquina”, ou seja, mais espaço para os ocupantes e menos espaço para componentes mecânicos.

    Considerado monovolume, o Honda Fit tem a obrigação de ser versátil. Para isso ele é flexível (não o motor, mas a configuração dos bancos). O conceito de flexibilidade de espaço interno ULT (Utility Long Tall) evoluiu para ULTRa-Seat, no qual a letra “R” representa o modo “Refresh”, que reclina os assentos dianteiros (veja os modos de acomodar carga na próxima página).

    Quanto à parte mecânica, o novo Fit adota a tecnologia Flex-One do Civic, cuja maior vantagem é não precisar de reservatório auxiliar de gasolina para partidas a frio com etanol. Em seu lugar há aquecedores elétricos nos injetores que deixam o etanol em temperatura ideal de partida.

    O Honda Fit volta a ter o eficiente câmbio continuamente variável CVT, agora com conversor de torque

    Todas as versões do novo Fit 2015 têm o motor 1.5 i-VTec Flex, com abertura variável de válvulas. Isso permite que a potência chegue a 116 cv, com torque de 15,3 kgfm. O comando de válvulas é novo e a taxa de compressão foi aumentada, o que amplia a sensação de torque em baixas rotações.

    A transmissão CVT voltou a equipar o Honda Fit, agora pertencente à geração Earth Dreams. A principal novidade é que esse câmbio tem agora um conversor de torque hidráulico, igual aos utilizados em câmbios automáticos convencionais.

    O conversor de torque faz com que a transição entre o carro parado e em movimento seja mais suave, inclusive multiplicando a força do motor logo às primeiras rotações. Na prática, isso torna o carro bem mais gostoso de dirigir.

    Não há no novo Fit nenhum sistema que simule trocas de marchas, como se vê no novo Corolla, por exemplo. Isso seria completamente inútil, uma vez que o CVT permite que o motor funcione sempre à sua rotação de torque máximo, o que coincide com a rotação de menor consumo específico. É o máximo de eficiência.

    Internamente, muitas mudanças. O painel de instrumentos foi redesenhado e ficou mais bonito, principalmente o da versão de topo, o EXL, que tem iluminação azul (as outras três versões de acabamento têm iluminação vermelha). Para as versões EX e EXL, o sistema de áudio é de dupla altura (2DIN), com rádio AM/FM, tela de 5” que integra o sistema com HFT (Hands-Free Telephone), câmera de ré, leitores de arquivos no formato MP3/WMA, entradas auxiliares P2 (tipo fone de ouvido) e USB. A versão LX tem rádio AM/FM 2DIN com USB de série e a DX só tem sistema de som como acessório original.

    O novo Honda Fit tem ainda direção elétrica EPS (Electric Power Steering) progressiva, um dos pontos altos do carro. Parado ou em baixas velocidades, a assistência é total, ficando o volante muito leve e fácil de manobrar. Em velocidades mais altas a assistência vai sendo reduzida e o volante fica firme.

    A sensação de carro justo, na mão, notados lá no primeiro Fit, foi aprimorada na terceira geração. É um carro que, se não entusiasma pelo desempenho, conquista pelo prazer de dirigir.

    Os preços do novo Honda Fit são: EXL R$ 65.900, EX R$ 62.900, LX CVT R$ 58.800, LX MT R$ 54.200, DX CVT R$ 54.500 e DX MT R$ 49.900. O único acréscimo de preço refere-se às cores metalizadas e perolizadas (R$ 990).

    Publicado em 01/05/2014

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