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  • O jipão de luxo não passou por mudanças estéticas nem de equipamento. Mas agora conta com motor a óleo diesel
  • Por Gabriel Marazzi

    Este novo Jeep Grand Cherokee é exatamente igual ao que foi lançado há dois meses, em fevereiro deste ano. Ou quase. Por fora, apenas um pequeno logotipo na tampa do porta-malas denuncia a grande novidade sob o capô: diesel. O novo motor, disponível apenas na versão de topo de linha Limited, determina uma tocada um pouco diferente daquela já conhecida com o motor a gasolina.

    Os números podem dizer bastante sobre o novo Jeep Grand Cherokee Limited diesel: apesar de a potência do motor cair de 286 cv para 241 cv, esse máximo é atingido a 4.000 rpm, bem antes do motor a gasolina, que tinha seu ponto máximo a 6.350 rpm. Em compensação, o torque, que é o que mais importa em um utilitário de peso, passou dos 35,4 kgfm do motor a gasolina, a 4.300 rpm, para excelentes 56,0 kgfm, e muito cedo, a partir das 1.800 rpm.

    Ainda falando em números, o preço do novo Jeep Grand Cherokee Limited a diesel custa R$ 239.900, exatamente R$ 20.000 a mais do que a mesma versão a gasolina, que custa R$ 219.900. Esse é o preço a pagar por quem gosta da força de um motor a diesel. Quem não quer gastar tanto tem a opção do Jeep Grand Cherokee Laredo, que só está disponível com o motor a gasolina e custa R$ 185.900.

    Além do maior empurrão que o motor diesel fornece ao veículo, aos primeiros metros de aceleração, o menor consumo de combustível também pode ser um bom argumento para gastar um pouco mais na compra do utilitário esportivo. De acordo com o fabricante, o tanque de 93 litros permite uma autonomia total de mais de 1.400 km para o Grand Cherokee a diesel, considerando uma autonomia unitária de cerca de 15 km/litro.

    Motor diesel agora compensa

    O novo motor do Grand Cherokee já tem o sobrenome Fiat, pois é produzido pela italiana VM Motori, indústria do grupo Fiat, com o objetivo de satisfazer as exigências mais rigorosas dos europeus. Muito diferente dos antigos motores a diesel projetados para caminhões, fracos, fedorentos e barulhentos. Por isso não há mais porque ter preconceito contra esse tipo de motor. O do Grand Cherokee, por sinal, é extremamente silencioso e de funcionamento suave, quase não dá para perceber que se trata de um motor ciclo diesel.

    O câmbio automático de oito marchas e o bom acerto da suspensão proporcionam um bom comportamento no asfalto. Fora dele, o Grand Cherokee mantém as qualidades offroad inerentes à marca Jeep

    O próprio Jeep Grand Cherokee já está muito longe daqueles primeiros que conhecemos por aqui, há cerca de 20 anos. A convivência com a Daimler fez muito bem à marca, que utiliza ainda toda a tecnologia alemã dos Mercedes-Benz.

    Com os principais componentes feitos de alumínio, o novo motor diesel do Grand Cherokee é um V6 a 60° com cilindrada de 2.987 cm³. O sistema de injeção common-rail, que trabalha com pressão de 1.800 bar, emprega tecnologia Multijet II, da Fiat Powertrain e a pequena turbina da Garrett tem geometria variável.

    O novo câmbio automático de 8 marchas é alemão, da marca ZF, e o veículo é produzido em Detroit, nos Estados Unidos,

    Ao volante

    Ao volante, a comparação com aquele velho e robusto Grand Cherokee dos anos 90 fica ainda mais interessante. Nada daquele movimento lateral da carroceria mesmo em linha reta. O Grand Cherokee atual é muito estável. Mesmo a menor potência do motor diesel não é percebida no asfalto, graças ao câmbio de 8 marchas. Para uma tocada mais esportiva, basta colocar o seletor de marchas na posição Sport, para que as trocas aconteçam em rotações mais altas. Dotado de uma infinidade de auxílios eletrônicos, quase não é necessário se preocupar com o tipo de estrada que se percorre.

    A trilha escolhida pela equipe que montou o teste para a imprensa previu que nos trechos mais difíceis o grupo a percorreria em comboio, com o líder passando as recomendações pelo rádio. Mas uma daquelas “perdidas” de navegação fez com que nosso Grand Cherokee enfrentasse sozinho os maus caminhos. Olhando para as erosões e grandes defeitos do piso de terra, a primeira impressão é que ninguém passaria por lá. Mas o Jeep Grand Cherokee passou por tudo sem qualquer hesitação. Nem a programação mais adequada para cada trecho foi selecionada, dentre as várias disponíveis na central de controle no console.

    Nem é preciso falar sobre a posição de dirigir, a ergonomia dos comandos e o conforto para todos os ocupantes. Claro, trata-se do veículo mais equipado e caro da marca.

    Publicado em 27/04/2014

    divulgação -


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