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  • Uno 2017: nova cara e novos motores
  • A Fiat mudou toda a dianteira do Uno, que ficou parecido com os outros modelos da marca. Mas a grande novidade está sob o capô: uma nova linha de motores, incluindo um 1.0 com três cilindros
  • Por Jorge Meditsch

    Mudou a cara, mudou o coração. O Fiat Uno chega ao mercado com uma frente totalmente nova e estreando uma nova linha de motores de 3 e 4 cilindros, batizada pela fabricante como Firefly, uma referência em inglês aos vagalumes.

    A nova dianteira traz linhas harmonizadas com o design do restante dos carros da Fiat. Pode ser até melhor, mas com o novo visual, o Uno perde a forte personalidade que tinha com o design anterior, caracterizado pelas falsas entradas de ar quadradinhas com cantos arredondados, posicionadas assimetricamente à esquerda do capô.

    Internamente, o Uno 2017 não traz novidades maiores. Ele já tinha passado por uma reforma interior e, realmente, é um carro bem resolvido na parte de dentro, evidentemente considerando seu porte e posicionamento no mercado.

    Novos motores

    Uma grande novidade do lançamento da linha 2017 é a introdução de uma nova linha de motores, com versões 1.0 três cilindros e 1.3 quatro cilindros. O 1.0 três-cilindros fazia falta à Fiat em vários modelos mais populares e, em breve, deve estar presente também no Mobi. Os novos motores são produzidos numa nova fábrica dentro do complexo de Betim, MG, uma das mais modernas do grupo FCA no mundo.

    O câmbio automatizado Dualogic continua evoluindo e está bem mais suave. Mas recursos como borboletas de troca no volante encarecem o sistema, que custa mais de R$ 4 mil

    Seguindo uma linha diferente dos concorrentes, a Fiat optou por usar apenas duas válvulas por cilindro nos novos motores. O argumento principal foi reduzir o atrito usando um comando único para as válvulas, o que ajuda a reduzir o consumo. Respostas mais rápidas ao acelerador, em baixa rotação, também são um ponto considerado.

    Para otimizar o desempenho com duas válvulas, otimizou o desenho das câmaras de combustão e mudou o formato dos dutos de admissão e escapamento e argumenta que o desempenho dos motores Firefly ficou equivalente aos concorrentes com quatro válvulas. O Firefly 1.0, três-cilindros tem 77 cv e o quatro-cilindros 1.3, bons 109 cv.

    No teste de rodagem, o 1.0 se mostrou bastante satisfatório. Um ponto alto é o reduzido nível de vibrações, que em alguns dos modelos concorrentes é um fator negativo. Dentro das limitações de um motor de um litro, o Uno 1.0 mostrou-se ágil nas arrancadas e retomadas, capaz de enfrentar sem dificuldades a batalha do dia-a-dia no tráfego urbano.

    Evidentemente, a motorização 1.0 não é a melhor para andar com o carro lotado nem para viajar. O motor 1.3, com quatro cilindros, serve melhor para esses casos, dando ao carro maior vigor. Ele pode ser casado com o câmbio automatizado Dualogic, que vem evoluindo passo a passo e está mais suave nas trocas de marchas. O Dualogic não traz alavanca de trocas – é comandado por botões no console e permite trocas manuais pelas borboletas instaladas no volante. São recursos com custo razoavelmente alto e de uma sofisticação que, em nossa opinião, não se justifica no modelo. A experiência mostra que quem compra um carro automático ou automatizado, em pouco tempo deixa de usar a opção de trocas manuais, a não ser em situações muito especiais. Uma configuração mais simples poderia diminuir o custo adicional de mais de quatro mil reais pelo câmbio automatizado, tornando a opção mais acessível.

    Outras novidades tecnológicas são a direção elétrica de série em todas as versões, controle eletrônico de estabilidade (ESC) – um importante item de segurança -, controle de tração (TC), assistência de partida em rampa (Hill Holder) e sistema antideslizamento ASR. O sistema Start&Stop, que desliga o motor quando o carro para no trânsito e religa automaticamente, agora vem de série em todas as versões com motor 1.3.

    A nova linha Uno tem seis versões, todas em carroceria 4 portas. A mais barata é a Attractive 1.0 Flex, que custa R$ 41.840,00. A opção seguinte é o Way 1.0 Flex, por R$ 42.970,00. O Way 1.3 Flex com câmbio manual custa R$ 47.640,00 e com o Dualogic, R$ 51.990,00. O topo de linha Sporting 1.3 Flex, sai por R$ 49.340,00 na versão manual e por R$ 53.690,00 com câmbio Dualogic.

    Publicado em 07/10/2016

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