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  • Fiesta EcoBoost: um 1.0 com muita força
  • Reduzir o tamanho dos motores sem diminuir a força disponível é a tendência do momento. O Fiesta 2017 com motor EcoBoost inaugura a aplicação dos novos motores pequenos na linha da Ford brasileira
  • Por Jorge Meditsch

    Menor é melhor – esta é a ideia por trás da filosofia do downsizing, que hoje domina a indústria automotiva mundial. Fazer motores com menor cilindrada com a mesma potência – ou até maior – que a de versões maiores é uma tendência irreversível. O último exemplo, em nosso mercado, chega pelas mãos da Ford, com o novo Fiesta EcoBoost.

    Com três cilindros (outra tendência geral) e apenas um litro, o motor que equipa a versão Titanium, topo de linha do Fiesta, impressiona pela agilidade, respondendo rapidamente ao acelerador. Ele impulsiona o carro até 100 km/h em 9,6 segundos e, em nossa experiência na estrada mostrou muita rapidez nas retomadas de velocidade.

    O EcoBoost 1.0 tem 125 cv e torque máximo de 17,3 kgm. A força começa a se mostrar já por volta de 1.500 rpm, quando a pequena turbina entra em ação. A pressão máxima do compressor é de 1,5 atmosfera, nada assustadora e bastante prudente quanto à confiabilidade.

    Além da turbina, o EcoBoost conta com injeção direta de combustível (só gasolina) na câmara de combustão. O sistema é sofisticado e pode realizar até seis injeções por ciclo, otimizando a distribuição do combustível dentro do cilindro, para uma queima mais perfeita. O resultado disso tudo é o baixo consumo – segundo os números da fábrica, 12,2 km/l na cidade e até 15,3 km/l na estrada, isso no ciclo de laboratório do Inmetro. Na prática, por incrível que pareça, os números podem ser até melhores.

    Uma curiosidade: o EcoBoost 1.0 é fabricado no Romênia, a mesma terra de origem dos Dacia vendidos no Brasil com o pseudônimo Renault. Mas não se impressione, a tecnologia tem padrão global.

    Apesar de custar mais do que a versão 1,6 litro, o Titanium 1.0 EcoBoost pode ser a opção mais inteligente pela economia que proporciona no gasto de combustível

    O desempenho do motor é complementado pela ação do câmbio (nacional) de dupla embreagem de seis marchas, que executa trocas rápidas e suaves. No Fiesta, ele não oferece os caros comandos no volante, mas é possível executar trocas manuais através de um comando por botão, no lado da empunhadura do câmbio. Na verdade, para a maioria dos motoristas, os chamados ‘shift paddles’ são um luxo raramente usado. Pouca gente guia esportivamente no dia-a-dia ou mesmo na estrada.

    Sem apelar para o comando manual, mas posicionando a alavanca do câmbio na posição S, esportiva, demos algumas voltas na pista do autódromo Velo Cittá, no interior de São Paulo. A experiência reforçou o bom comportamento do novo motor nas saídas de curvas, com rápida recuperação da velocidade após as frenagens.

    Para não esquecer, uma das virtudes do Fiesta é a boa estabilidade. A suspensão é bem firme, talvez um pouco mais dura que o desejado em termos de conforto em ruas esburacadas ou com asfalto ondulado, mas prende bem o carro nas curvas e não permite que a carroceria se incline em demasia. Os pneus não são para uso esportivo e limitam qualquer ousadia maior ao volante. Mas o carro mostrou que, levado ao limite, pode proporcionar alguma diversão.

    Além do motor, poucas mudanças

    Esteticamente, o Fiesta 2017 traz poucas novidades e é difícil identifica-lo à primeira vista. Internamente, a versão Titanium oferece sete airbags, bancos de couro, ar-condicionado digital e outros recursos do gênero. Ele também conta com o sistema de conectividade Sync da Ford com comandos de voz e assistência de emergência capaz de chamar ambulância em caso de acidente grave. Hoje obrigatória, a conectividade para celulares é garantida. O ponto fraco é a decepcionante e minúscula tela monocromática ao centro do painel.

    Fora a versão Titanium, que custa salgados R$ 71.990 com o motor EcoBoost (ela também é oferecida com o 1.6 aspirado, por R$ 70.690), a linha Fiesta mantém-se praticamente a mesma. A gama abre com o SE 1.6, com câmbio manual, por R$ 51.990. A versão intermediária SEL pode ser manual (R$ 58.790) ou automática (R$ 64.990).

    Os preços não são baixos, mas condizem com a intenção da Ford de posicionar o Fiesta como um compacto premium. Pelos preços, nos parece que a versão Titanium EcoBoost é a melhor opção – a diferença a maior será rapidamente recuperada pela economia de combustível.

    Para marcar o lançamento da linha 2017, a Ford está oferecendo o Titanium financiado em 18 vezes com taxa zero. As outras versões serão vendidas também sem juros em até 24 prestações. Para o pós-venda, a fábrica oferece um plano pré-pago com quatro revisões que aumenta a garantia de três para quatro anos por R$ 2.500,00. Por mais R$ 500,00, a garantia pode ser dilatada para cinco anos. Esses valores podem ser diluídos no financiamento, o que pode ser um bom negócio.

    Publicado em 06/07/2016

    Divulgação -


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