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  • Mirando a fatia mais elevada do segmento da picapes, a Ford submeteu a Ranger a uma série de mudanças estéticas e funcionais
  • Por Jorge Meditsch

    Se o mercado de picapes médias sempre foi extremamente disputado no Brasil, nesses tempos de crise assume uma importância ainda maior para as fabricantes. É que, embora haja uma fatia importante de compradores de picapes urbanos, uma parte significativa delas é vendida em áreas onde o agronegócio – uma das áreas da economia menos atingida pelos maus ventos da economia – está entre as principais atividades.

    Mirando nesses clientes, a Ford deu uma mexida geral na Ranger, não só sofisticando sua aparência externa e interior, mas dotando a picape de mais recursos operacionais. Paralelamente, aumentou o prazo de garantia para cinco anos, fator que pode pesar bastante na hora da decisão de compra dos clientes. O foco da Ford, quanto à concorrência, é a Toyota Hilux, deixando para segundo plano a briga com a Chevrolet S10, que lidera o segmento das picapes médias mas é mais focada no uso específico para trabalho.

    Entre as novidades que a Ranger traz está o piloto automático adaptativo, que permite manter uma distância constante do veículo que vai à frente. Outra, muito importante, é a presença de sete airbags em todas as versões. Do lado da segurança também se destaca o controle eletrônico de estabilidade de série, que ainda não foi tornado obrigatório no Brasil.

    As versões com motores diesel, todas com tração 4x4, tem duas opções: na versão XLS, o 2.2 com câmbio manual ou automático e o motor 3.2 de cinco cilindros com câmbio automático de seis marchas, nas versões XLT e Limited. Esta última, segundo a Ford, tem grande aceitação no mercado, apesar do preço de quase R$ 180 mil. Na geração anterior da Ranger, a procura pela versão topo de linha surpreendeu a fabricante, que não esperava uma participação tão grande do modelo mais caro em seu mix e precisou rever suas previsões de vendas.

    O motor 2.5 Flex, com transmissão manual, é oferecido também nas versões XLS e XLT, com preços variando entre R$99.500 a R$109.500.

    A Ranger passa a ter garantia de cinco anos, um fator que pode ajudar na decisão de compra

    O motor Duratorq 3.2 TDCi, de cinco cilindros, gera 200 cv e 470 Nm. Já o Duratorq 2.2 TDCi aumentou a potência para 160 cv e o torque para 385 Nm. O Duratec 2.5 Flex, de 173/168 cv, traz sistema eletrônico de partida Ford Easy Start, que dispensa o tanquinho auxiliar de gasolina. A transmissão automática de seis velocidades da versão diesel passou por modificações no conversor de torque e no sistema eletrônico de controle.

    Uma novidade importante é a adoção da direção elétrica, substituindo a assistência hidráulica. Além de reduzir o consumo de combustível, isso permitiu instalar o sistema de alerta para mudança involuntária de faixa de rolamento, que ajuda a manter o veículo na trajetória.

    A lista de equipamentos inclui piloto automático adaptativo, alerta de colisão, farol alto automático e sistema de permanência em faixa, oferecidos na versão Limited, além de sistema auxiliar de estacionamento com câmera de ré e sensor de monitoramento de pressão dos pneus, disponíveis tanto na XLT como na Limited.

    Itens praticamente obrigatórios atualmente, o sistema de conectividade é o SYNC, exclusivo da Ford, com CD/MP3-player, entrada USB/iPod, Bluetooth, comandos de voz para áudio e telefone, comandos de áudio no volante e Assistência de Emergência, que faz uma ligação automática para o SAMU, através de um celular pareado, em caso de acidente com acionamento dos airbags ou corte de combustível.

    As telas são de 4,2 polegadas na versão XLS e de 8 polegadas para a XLT e Limited. As versões mais caras incluem navegação e comandos de voz.

    Toda a linha vem de série com o sistema AdvanceTrac que inclui: controle eletrônico de estabilidade, controle eletrônico de tração, assistente de partida em rampa, controle anticapotamento, controle adaptativo de carga, luzes de emergência em frenagem brusca e assistente de frenagem de emergência. As versões diesel têm ainda a função de controle automático em descidas.

    A Ranger vendida no Brasil é fabricada na Argentina, mesmo sua versão Flex. E foi exatamente em seu país de origem que tivemos a oportunidade de experimentá-la, na região fronteiriça de Puerto Iguazu, na província de Misiones. O teste foi quase que integralmente rodoviário, com os jornalistas rodando em comboio, o que não é exatamente a forma ideal de experimentar um veículo, mas ajudou bastante a experimentar o piloto automático adaptativo.

    Na estrada, a Ranger mostrou-se bastante confortável, especialmente com relação ao ruído interno. A estabilidade também pareceu bem razoável para o seu porte. O motor diesel 3.2 apresenta alguma vibração, mas nada que chegue a ser incômodo em demasia. O câmbio automático é suave, pouco se nota as trocas de marchas.

    Um circuito de terra de dois ou três quilômetros serviu para demonstrar os dotes off-road da picape, exigindo em alguns trechos especiais o uso, além da tração 4x4, da opção de reduzida e do bloqueio do diferencial. A segurança na passagem por dentro d’água também foi verificada – a picape possibilita transpor áreas alagadas com até 80 cm de profundidade.

    Publicado em 09/05/2016

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