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  • Para vender bem, não basta ser bom. Por isso, a Peugeot resolveu elevar o status de seus carros
  • Por Jorge Meditsch

    Se a vida não está fácil para nenhum fabricante de automóveis, não está melhor para a Peugeot. Fabricar carros e vendê-los é um negócio complexo e, muitas vezes, fazer um bom produto não é o bastante: há muitos outros fatores que influenciam o desempenho de uma marca.

    O Peugeot 308 é um desses bons produtos que deixam a desejar em números de vendas. Decidida a acelerar seu desempenho comercial, a marca francesa decidiu agora, além de dar um retoque visual no modelo, que aliás, ficou muito bom, mudar seu status. O 308 agora será vendido como um produto mais elitizado, com versões muito bem equipadas e, é claro, um preço não tão popular.

    Por fora

    O Peugeot 308 2016 tem uma nova dianteira. O característico leão no capô foi removido e, agora, está no centro da grade, o que deu ao carro um ar mais clássico e equilibrado. O modelo não perdeu o ar esportivo, reforçado pelos faróis esfumaçados, com as luzes de condução diurna incorporadas. Outro toque dinâmico são as rodas de liga leve com 17 polegadas.

    Interior

    Por dentro, o 308 impressiona pelo bom acabamento, de forma geral, e pela boa escolha dos materiais plásticos, de toque agradável. Há um escorregão na moldura em alto brilho no console central, que destoa um pouco do conjunto. Os bancos são agradáveis, embora algumas pessoas possam achar difícil encontrar a posição ideal para dirigir, apesar dos ajustes de altura e de posicionamento do volante disponíveis – há quem reclame não conseguir enxergar corretamente os instrumentos no painel.

    O motor THP dá ao 308 um desempenho ágil e agradável. Sem tornar o carro um foguete, a combinação com um novo câmbio automático torna o carro mais esperto e gostoso de dirigir

    Uma particularidade do carro é o teto solar panorâmico de série, que torna o interior extremamente luminoso quando a cortina de proteção está aberta. Se, por um lado, este equipamento valoriza o carro visualmente, mesmo quando visto do exterior, por outro há quem não o aprecie e que poderia abrir mão dele caso fosse um opcional. Independentemente de uma questão de gosto, por melhor que sejam feitos os tetos solares prejudicam o isolamento térmico dos veículos, forçando o ar-condicionado a trabalhar com mais força e aumentando o consumo de combustível, especialmente em locais onde o verão é radical.

    Eletrônica e informática

    Como hoje é obrigatório, a Peugeot dotou o novo 308 de uma variada gama de equipamentos e dispositivos de entretenimento e informação. De forma geral, o carro oferece tudo o que há por aí, nas formas mais recentes. O mais importante são as tecnologias MIRROR LINK e CARPLAY, que possibilitam reproduzir na tela do painel central praticamente todas as funções e recursos do telefone celular, seja ele um iPhone ou um modelo que usa o sistema Android. Desta forma, o usuário pode continuar dentro do veículo a manter seu relacionamento com o mundo exterior, navegando na Internet, recebendo e enviando mensagens de texto e ouvindo música através de streaming. Dá até para telefonar...

    Na estrada

    A grande novidade da linha 2016 do 308 é o oferecimento na versão Griffe do motor THP Flex, com 173 cv, conjugado a um moderno câmbio automático de seis marchas. A combinação utiliza de forma eficiente o bom torque do motor, dando ao carro uma agilidade muito agradável.

    A economia também foi privilegiada e, quando o motorista opta por rodar no modo ECO – basta pressionar um botão no console – o programa de gerenciamento do trem de força é alterado, mudando o momento de troca das marchas e o mapeamento do acelerador eletrônico. Segundo a fábrica, isto pode gerar uma economia de até 7 por cento no consumo.

    Na versão intermediária, Allure automática, o motor usado é o 2.0 16 válvulas flex, com 151 cv. Já o câmbio automático é o antigo, com quatro marchas, menos elástico que o novo.

    A Peugeot não quer que a versão Allure manual seja chamada de versão de entrada. De qualquer forma, ela é a mais barata e, por isso, traz o motor 1,6 litro, também flexível, de 122 cv. O conjunto, se não entusiasma pelo desempenho, também não deixa a desejar: o câmbio é agradável de usar e, em ambientes urbanos, o trem de força se mostra suficiente para o uso diário.

    Publicado em 07/11/2015

    Divulgação -


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