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  • Na contramão da crise, Nissan quer 3% do mercado brasileiro
  • Comemorando um ano da inauguração da fábrica, a marca japonesa mantém plano de expansão no Brasil, apesar do panorama adverso
  • Por Jorge Meditsch

    Na contramão e acelerando, a Nissan comemorou na quinta-feira passada um ano de funcionamento de sua fábrica de Resende, no estado do Rio de Janeiro.

    A marca japonesa, aliada da Renault, produz dois modelos nas instalações fluminenses: o compacto March e o sedã Versa. Anteriormente, os dois eram importados do México.

    No total, a Nissan já produziu em Resende 30 mil veículos. A marca foi atingida no dia do aniversário, com a saída da linha de montagem de um Versa Unique 1.6.

    Diferentemente de outras marcas recém-chegadas, a Nissan optou por incorporar à sua fábrica os setores de estamparia e injeção de plásticos, que exigiram grandes investimentos

    A Nissan também produz em Resende os motores 1.0 e 1.6 que equipam os seus carros, ambos com quatro válvulas por cilindro e blocos de alumínio. O 1.0, tricilíndrico, segue a tendência geral dos novos carros de um litro no mercado nacional. Ele deriva de uma versão 1,2 litro comercializada no exterior.

    Segundo o presidente da Nissan brasileira, François Dossa, a meta da Nissan é atingir 3% de participação de mercado no ano fiscal 2015, superando os 2,3% registrados no mesmo período de 2014. Um objetivo que vai contra a tendência de retração do mercado, mas justificado pelo gradativo aumento de produtividade da fábrica, que é resultado de um investimento de R$ 2,6 bilhões e realiza um ciclo de produção completo, que inclui estamparia, soldagem, pintura, injeção de plásticos e montagem. A opção por ter estamparia e injeção de plásticos próprias – a maioria das novas marcas no mercado brasileiro terceiriza essas operações - exigiu um grande investimento, justificado pela empresa pela preocupação com a qualidade,

    A capacidade das instalações é de até 200 mil veículos e 200 mil motores por ano. Dossa se orgulha em lembrar que, enquanto muitos fabricantes estão dispensando trabalhadores, a Nissan não tem planos de reduzir sua força de trabalho que, atualmente, é de 1.800 funcionários. A empresa também gera empregos indiretos na região através de seu parque de fornecedores, que inclui a Tachi-S, fabricante de bancos, Yorozu, fornecedora de suspensões, Kinugawa, fabricante de borrachas de vedação, CalsonicKansei, componentes de cockpit, Sanoh, tubulações de freios e combustível e a Mitsui Steel, fornecedora de chaparia. O número de fornecedores deve aumentar ainda mais com a elevação gradativa do índice de nacionalização das peças, que deverá atingir 80% nos próximos anos.

    Publicado em 20/04/2015


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