A Audi usou duas vezes a mesma receita para preparar um showcar para Detroit. O pequeno crossover combina linhas e detalhes visuais das séries allroad, de carros todo-terreno, com os modelos de tração elétrica e-tron. Da mesma forma, associa as tecnologias de propulsão dos dois tipos de carros.
O Audi allroad shooting brake, como indica o nome, também revela o que parece ser uma tendência futura da marca, a utilização desse conceito de carroceria, que fica entre o hatch e a perua tradicionais, incorporando vantagens dos dois formatos com um resultado estético mais esportivo.
Visto de lado, o modelo de exibição mostra balanços curtos e se destaca pela linha do teto, que cai para a traseira ao longo da carroceria. Na coluna traseira esquerda, fica uma tomada para carregar a bateria e, na da direita, o bocal para abastecimento de combustível.
A parte exterior do Audi allroad shooting brake é feita de uma combinação de alumínio e fibra de carbono. As faixas cinzentas inferiores reduzem o volume visual da carroceria e sobem, de forma dinâmica, da frente para a traseira do carro. As grandes molduras das rodas ressaltam o lado todo-terreno do carro. As rodas de liga leve com sete raios têm aros de material composto de fibra de carbono e estilo baseado nos modelos e-tron.
Dois motores elétricos
A propulsão híbrida plug-in combina o tradicional e motor Audi 2.0 TFSI, ‘apimentado’ para chegar a 292 hp, com dois sistemas de injeção, direta e indireta, com dois motores elétricos. O da frente trabalha conjugado ao motor tradicional e ao câmbio de dupla embreagem e sete marchas. O traseiro não tem ligação física com o trem de força da frente.
No total, estão disponíveis 408 hp de potência e torque de 650 Nm, que levam os 1.600 kg do carro da imobilidade a 100 km/h em 4,6 segundos. A velocidade máxima é limitada eletronicamente em 250 km/h. O consumo é de apenas 1,9 litro por 100 quilômetros (52,63 km/l), segundo o padrão ECE e a autonomia chega a 820 quilômetros.
O segundo motor elétrico, montado no eixo traseiro, entra em ação em velocidades baixas e moderadas. Se o sistema de gerenciamento híbrido considerar que é necessário usar tração integral, ele pode operar em conjunto com os motores a combustão e elétrico da dianteira.
O sistema Drive select oferece três modos de condução. No modo EV, a unidade propulsora dianteira fica inativa e o motor elétrico do eixo traseiro impulsiona o carro sozinho, até um máximo de 130 km/h.
No modo Hybrid, as fontes propulsoras operam em conjunto de várias formas, conforme necessário. No modo Sport, toda a potência do carro é disponibilizada e o motor elétrico traseiro entra em ação junto com o 2.0 TFSI.
Publicado em 12/01/2014
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