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  • Nova Strada Volcano tem boa presença e espaço interno
  • A Strada já era um best-seller e competia pelos primeiros lugares em vendas com todos os tipos de veículos leves na versão anterior. Agora, parece ter tudo para continuar assim
  • Por Jorge Meditsch

    Bonita, ganhou elogios por onde passamos. A Nova Strada Volcano chama a atenção além do fator novidade. A picape já era um bestseller e competia pelos primeiros lugares em vendas com todos os tipos de veículos leves na versão anterior. Agora, parece ter tudo para continuar assim.

    A Strada cresceu e não foi apenas por fora. O interior tem mais espaço e, consequentemente, conforto, principalmente na dianteira. Atrás, não há tanta amplidão assim: dá para acomodar adultos, mas não espere a maciez de um sofá nem folga para esticar as pernas.

    A Itália tem algumas dezenas de vulcões, entre ativos, dormentes e extintos. Entre os mais conhecidos estão o Vesúvio, o Etna e o Stromboli. Volcano é um bom nome para o modelo, mas falta um pouco de explosão a ele para merecer devidamente o uso.

    Bem, picape é um veículo projetado primariamente para ser usado no trabalho. E a Strada oferece bons predicados nesse sentido. A capacidade de carga é de cerca de 700 quilos e a caçamba, com paredes altas, é bastante espaçosa para uma picape com quatro portas, com 844 litros. A tampa é de fácil abertura e o acesso não exige muito esforço. A versão vem com capota marítima de série e iluminação de área de carga, acionada pelo painel. O estepe fica do lado de fora, embaixo da caçamba, e é do tipo para uso temporário.

    Motor e câmbio

    A Nova Strada testada por nós durante uma semana era equipada com o novo motor Fiat Firefly de 1,3 litro, que desenvolve, com álcool no tanque, 109 cv. Com gasolina, a potência cai para 101 cv. O torque máximo é atingido na faixa de 3.500 rpm. Considerando que, com a capacidade máxima de carga, a picape atinge por volta de 1.900 quilos, a Fiat providenciou uma primeira marcha extremamente curta para garantir uma arrancada razoável. Andando sem carga nem passageiros, ela chega a ser curta demais – é preciso um tempo para se acostumar. Na prática, nesse caso, dá para arrancar em segunda marcha sem problemas.

    Um motor mais forte cairia bem. A Fiat continua devendo um turbo de baixa cilindrada. O câmbio não é macio, mas é preciso e, a partir da segunda marcha, bem escalonado. Na cidade, tudo bem. Na estrada, o motor roda um pouco forte, provocando algum ruído cansativo. Os pneus originais de uso misto também contribuem um pouco com o barulho.

    Um motor mais forte cairia bem. A Fiat continua devendo um turbo de baixa cilindrada. Com mais uns 50 cv, a Nova Strada iria arrasar

    Rodando

    A suspensão é bem resolvida e transmite segurança. Há pouca inclinação nas curvas fechadas, apesar da altura em relação ao solo ser grande, e a maciez é próxima à de um automóvel de passageiros. Isso que a suspensão traseira é reforçada, com eixo rígido e molas de lâminas para suportar cargas pesadas.

    A direção elétrica responde bem, enrijecendo na estrada e macia nas manobras urbanas. É precisa e seu único senão fica para o diâmetro de giro, um tanto grande, que causa um pouco de trabalho ao manobrar em vias e áreas estreitas.

    Para rodar na lama ou pisos escorregadios, a Strada oferece um controle de tração para uso opcional, acionado por um botão no painel. Ele não chega a bloquear totalmente o diferencial dianteiro, mas tenta manter as rodas na mesma rotação. Não dá para enfrentar um lamaçal, mas ajuda em muitas situações. Outro recurso do carro é o controle eletrônico de estabilidade, que não é nenhuma novidade tecnológica, mas contribui muito para a segurança em manobras bruscas ou quando a picape chega perto do limite de aderência em alta velocidade, mantendo a trajetória.

    Eletrônica

    No centro do painel fica uma tela de sete polegadas que integra o áudio e o celular. Ela também é usada para a câmera traseira, que facilita bastante as manobras de estacionamento. Os instrumentos à frente do motorista incluem o velocímetro, com visibilidade não muito boa, que cerca a tela do computador de bordo, com várias funções, entre elas alerta para queda de pressão dos pneus. O conta-giros fica à esquerda e é relativamente pequeno.

    Preço

    A Volcano custa a partir de R$ 83.990,00. A única cor que não aumenta o preço é o preto. Quem quiser vermelho ou branco, mesmo sólidos, paga mais R$ 900,00. Cores metálicas custam absurdos R$ 2.300,00. O único opcional disponível de fábrica são rodas de liga leve com 16 polegadas e pneus correspondentes, por mais R$ 2.500,00. A essa altura, a Volcano já custa R$ 87.390,00, e ainda dá para gastar mais algum dinheiro com acessórios mais ou menos úteis, conforme o proprietário.

    É caro, mas estamos numa era de carros caros, graças ao valor do euro e do dólar e do amplo uso de peças e componentes importados. Sempre é possível reclamar e chorar por um desconto na hora da compra. De resto, é pegar ou largar.

    Publicado em 09/12/2020

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