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  • Novo McLaren Senna GTR, chega a São Paulo.
  • Por Claudio Larangeira

    McLaren Senna GTR

    O único McLaren Senna GTR, em toda a América Latina, foi apresentado em São Paulo. O modelo é revelado como uma máquina de pista completa - sem concessões e sem restrições por regulamentações de tráfego ou de corrida. Apenas 75 McLaren Senna GTR serão construídos no Centro de Produção da McLaren em Woking, no Reino Unido, e as entregas começaram em setembro de 2019.

    Com preço de £ 1,1 milhão mais impostos, (equivalente a quase 5 milhões de reais) todos os carros estavam reservados a seus proprietários apenas algumas semanas após a abertura da carteira de pedidos aberta após a estréia do McLaren Senna GTR Concept no Salão Internacional do Automóvel de Genebra de 2018.

    O McLaren Senna GTR, sucede a lendários antecessores: o McLaren F1 GTR, vencedor da 24 Horas de Le Mans em 1995, e o McLaren P1™ GTR de 2015, e mantém o nome que honra a memória do tricampeão mundial de Fórmula 1 pela McLaren, Ayrton Senna.

    Cada proprietário do carro pode escolher ilimitadas personalizações à MSO (McLaren Special Operations), desde as cores existentes no portfólio MSO Defined até pinturas exclusivas e multicoloridas.

    O McLaren Senna GTR é equipado com a versão mais potente do motor V8 biturbo de 4 litros da McLaren. A unidade M840TR, com turbocompressores twin-scroll controlados eletronicamente, produz 825 HP com torque de 800 Nm. Os 25 HP extras em relação ao motor do McLaren Senna foram alcançados pela recalibragem do controle do motor e pela remoção do catalisador secundário para reduzir a contrapressão. A remoção do catalisador também aumenta a experiência auditiva de dirigir o McLaren Senna GTR.

    Com 825 HP e um peso seco mais leve de 1.188 kg, a relação peso-potência de 1,44 kg/HP (ou 694 HP por tonelada) do McLaren Senna GTR excede confortavelmente não apenas o da McLaren Senna "comum", mas todos os outros carros da McLaren Automotive para estrada ou pista atualmente em produção.

    Três modos de tração estão disponíveis para o piloto do McLaren Senna GTR: Wet, Track e Race. O novo ajuste Wet, que fornece maior suporte dos sistemas eletrônicos ESP e ABS, é particularmente indicado para uso com pneus de chuva.

    A transmissão, que inclui uma função de Controle de Largada, é a mesma caixa de câmbio SSG (sigla de Seamless Shift Gearbox) de 7 marchas mais ré que se destaca na McLaren Senna de estrada.

    O McLaren Senna GTR gera níveis surpreendentes de downforce, chegando a mais de 1.000 kg. Em comparação com a asa padrão da McLaren Senna instalada no GTR Concept 2018, a asa do McLaren Senna GTR foi redesenhada e realocada, tendo sido deslocada para trás. Esta nova posição, "livre das restrições de carros de estrada", permite que a asa seja acoplada ao difusor, fazendo o melhor uso do ar que flui sobre a traseira do carro.

    Como o McLaren Senna de rua, o McLaren Senna GTR apresenta aerodinâmica ativa na forma das pás que flanqueiam o Radiador de Baixa Temperatura e uma asa traseira articulada - elementos atualmente não permitidos nas corridas de GT3, mas que proporcionam vantagens aerodinâmicas significativas. A asa pode ser "travada" para velocidade máxima graças a um sistema automático de redução de arrasto (DRS).

    O chassi em fibra de carbono, leva o McLaren Senna GTR a um nível de desempenho para um carro de pista, combinando peso leve com imensa rigidez estrutural. Um dos carros mais leves que a McLaren Automotive já produziu, o McLaren Senna GTR pesa 1.188 kg.

    Muitos dos confortos do McLaren Senna foram eliminados no McLaren Senna GTR, incluindo telas sensíveis ao toque e sistema de áudio. Para otimizar o conforto em qualquer condição da pista, o ar condicionado foi mantido.

    O pára-brisa e as janelas laterais, com aberturas de correr, são de policarbonato. As portas “asas de gaivota” de fechamento suave são equipadas com um mecanismo de liberação manual e o abastecimento de combustível é o mesmo utilizado em corridas. Elementos aerodinâmicos externos de fibra de carbono têm acabamento brilhante como padrão. As rodas podem ser Preto Brilhante, Prata Race ou Grafite Escuro Fosco, e a cor dos suportes das portas e das pinças de freio podem ser especificada em Azul Azura, vermelho ou Laranja McLaren, sem custos adicionais.

    O mais rápido, leve, agressivo e envolvente McLaren ainda foi cuidadosamente aperfeiçoado para acessibilidade. Por isso, a incrível experiência de pilotagem em pista que ele oferece não é exclusiva para pilotos profissionais. O objetivo que os engenheiros do programa estabeleceram foi simples: garantir que 95% do desempenho do carro pudesse estar acessível a 95% dos motoristas. Isso é conseguido no McLaren Senna GTR pela combinação da equilibrada carga aerodinâmica do carro de estrada com a nova suspensão derivada do programa de corridas GT3 da McLaren.

    A suspensão de controle variável dos McLaren Senna, é supérflua no carro somente para pistas. Para economizar peso e reduzir a complexidade, ela foi substituída por triângulos, molas, montantes e barras estabilizadoras de alumínio desenvolvidas a partir da suspensão dos carros GT3 usados no programa de corridas de clientes da McLaren. Amortecedores ajustáveis são instalados, assim como buchas sólidas e cambagem ajustável.

    Por não ter que cumprir as regras do GT3, que restringem os carros de corrida às rodas de 18 polegadas, o Senna GTR recebe rodas de 19 polegadas como o Senna, mas com travamento central. As rodas de liga leve forjadas Ultra-Lightweight (ultraleves) são também mais largas do que as atuais normas GT3 permitem, sendo 10J na frente e 13J na traseira. Os pneus slick de 19 polegadas são da Pirelli, tamanho 285/650 na frente e 325/705 na traseira.

    As rodas maiores significam freios ainda maiores. Baseado no sistema de freios da McLaren Senna, o Senna GTR é equipado com pinças de seis pistões monobloco de alumínio forjado na frente e quatro pistões na traseira, trabalhando em discos de carbono-cerâmica com 390 mm que apresentam dutos de resfriamento usinados. Como o McLaren Senna, o Senna GTR também tem uma função de freio aerodinâmico na asa traseira, que neste caso foi projetado para produzir uma desaceleração máxima 20% maior em seus pneus slick.

    O McLaren Senna GTR é equipado com muitos auxílios eletrônicos de pilotagem que fornecem segurança na estrada, incluindo ABS, controle de tração e controle dinâmico de estabilidade eletrônico. Além disso, possui controle de velocidade no pit Lane, sistemas de monitoramento da pressão dos pneus e da temperatura dos pneus, sensores de desgaste de pastilhas de freio, tecnologia de limpeza de disco de freio e radar anti-colisão.

    Como a maioria dos compradores está localizada em mercados com mão de direção à esquerda, o banco McLaren Senna GTR tem essa configuração. O banco leve de fibra de carbono tem aprovação da FIA, bem como o cinto de segurança de seis pontos. Um assento de passageiro está disponível como opcional sem custo. Como convém a um carro somente para pistas, a cabine não tem airbags, nem sistema de entretenimento e outros sistemas de auxílio ao motorista. Há um acabamento acetinado para os elementos de fibra de carbono do interior, as soleiras são cobertas com carpete preto. . O conjunto de instrumentos escamoteável e o volante do carro de estrada foram substituídos por itens de especificação de corrida. A tela do piloto exibe os principais dados nas formas mais simples, com uma linha de LEDs de mudança de marchas ao longo da borda superior. LEDs na lateral do habitáculo avisam a diminuição da distância em relação ao carro de trás por meio do sistema de radar anti-colisão de série, usado por carros de corridas de endurance de nível superior. Uma tela central adicional, substituindo a tela touch-screen do McLaren Senna, mostra a vista da câmera montada na parte de trás.

    O volante é baseado no do carro GT3, mas com funcionalidade diferente para os botões, de acordo com o ethos de “um botão/uma função” da cabine. O volante tem borboletas de mudança de marcha integrads, é ajustável em altura e profundidade e possui sistema de liberação rápida.

    O carro é equipado com um rádio de comunicação do box para o carro e duas câmeras on-board: uma voltada para a frente e outra na cabine. Há botões on-off simples para controle de largada, controle de velocidade no pit Lane e configuração dinâmica de chuva leve. Assim como no McLaren Senna, o botão de partida do motor é montado no teto. E quando esse grande botão vermelho é pressionado, o McLaren Senna GTR ganha vida, pronto para entregar as emoções definitivas na pista de sua escolha. Os afortunados 75 compradores já estão começando a pensar seriamente em que autódromo vão andar...

    O modelo apresentado à imprensa foi adquirido pela Fundação Maria Lia Aguiar, que além da construção de um Museu-Escola, tem na cidade de Campos do Jordão, São Paulo, uma instituição com projetos socioculturais em que 700 crianças e jovens desenvolvem seus talentos artísticos. O McLaren Senna GTR ficará exposto ao público, no Museu.

    Publicado em 18/02/2020

    Claudio Larangeira -


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