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  • Uma Ferrari de corrida de 1952 foi um dos destaques no encontro bianual de Araxá, o mais importante evento de carros antigos no Brasil. O grande vencedor foi um Bugatti 1938
  • Por Jorge Meditsch

    Nem sempre o mais vistoso é o melhor. Foi o que aconteceu no último final de semana em Araxá: o carro de maior destaque no mais requintado encontro de automóveis antigos do Brasil foi uma Barchetta Ferrari 1952 com carroceria Vignale. Amarela, com design muito limpo e discreto, o carro considerado pelo júri como hors concours tem extraordinária importância histórica.

    Apenas oito exemplares iguais foram fabricados pela Ferrari em 1952, destinados a competições. Até dois anos atrás, os registros da fábrica computavam a existência de apenas quatro – os outros carros teriam sido destruídos em acidente nas pistas. Mas a quinta Barchetta estava no Brasil, entre muitos outros carros enferrujados aguardando restauração.

    A descoberta fez com que um representante da Ferrari viesse a São Paulo para autenticar o carro, que acabou voltando à fábrica para passar por uma completa (e milionária) restauração. Seu proprietário já teria recebido algumas propostas de peso para vendê-lo no exterior, mas pretende mantê-la no país.

    Com filhote

    Não bastasse atrair todas as atenções de quem admira carros antigos, no pátio do Grande Hotel, o carro vencedor do Troféu Roberto Lee, dado ao veículo considerado ‘best of the show’ ainda se apresentou com um ‘filhote’, uma bela versão em miniatura.

    O grande vencedor do Brazil Classics Fiat Show 2014 foi um Bugatti 57 Stelvio de 1938. O raro conversível azul e preto foi comprado pelo atual proprietário totalmente desmontado e restaurado meticulosamente.

    A Ferrari premiada é uma das cinco remanescentes de uma série de apenas oito. Passou anos sem ser descoberta entre outros carros que aguardavam restauração

    Esportivos pouco vistos

    Outros modelos de destaque foram um Alfa Romeo 6C azul claro, de 1950, e o inglês Armstrong Siddeley Hurricane 1952. O Alfa premiado não pode ser considerado um dos modelos mais bonitos da marca italiana – grande e com um design um tanto pesado, ela tem um porte e um ar que se chocam um pouco com a imagem leve e esportiva associada aos Alfas mais populares. Entretanto, é rara, e mereceu o prêmio.

    Já o Armstrong é um belo exemplar da era em que os esportivos ingleses mais brilharam, o início da década de 1950. Restaurado de forma impecável, o conversível verde-claro chamou bastante a atenção do público entre as centenas de carros expostos.

    A voz do povo

    Um carro singular, o checo Tatra 87 preto ocupou lugar de destaque, no corredor de entrada do evento. Um exemplo de tecnologia de ponta desenvolvida na década de 1930, o modelo tem motor V8 de 3 litros refrigerado a ar posicionado na traseira.

    Grande, com espaço para cinco pessoas, o carro tem formas aerodinâmicas, acentuadas por um ‘leme’ vertical sobre o motor e grandes entradas de ar logo atrás das janelas traseiras. À frente, formas arredondadas e um farol central que se desloca para os lados com o movimento da direção.

    O Tatra 87 atraiu a curiosidade do público e foi o carro mais votado na eleição aberta aos visitantes do encontro.

    Publicado em 24/06/2014


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