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  • O número dos importados cai 9,6% no primeiro semestre.
  • Por Claudio Larangeira
  • ABEIFA: O número dos importados cai 9,6% no primeiro semestre • Foram emplacadas, no semestre, 16.219 unidades importadas por associadas à Abeifa, ante as 17.948 veículos licenciados em igual período de 2018; • Os veículos aqui produzidos, de quatro montadoras associadas, cresceram 44,1% no acumulado do ano, são 14.527 unidades contra 10.078 unidades do ano passado; • Diante desse cenário, embora o Acordo de Livre Comércio Mercosul-União Europeia, assinado na última sexta-feira, seja muito importante, o setor de veículos importados procura saídas para resultados de curto prazo, a começar pela retomada do crescimento econômico do País. Texto: Eduardo Abbas / Textofinal Comunicação Fotos: Claudio Larangeira Parece que a sorte não está mesmo do lado dos importadores de veículos, primeiro foi a nefasta ideia do Inovar Auto, que de produtivo não trouxe nada para a indústria nacional, o que temos hoje teríamos de qualquer maneira em algum momento, talvez até antes do que chegou. O resultado dessa proteção para as montadoras nacionais acabou desempregando outras pessoas nas concessionárias de importados, demitiu-se mais pessoas do que os empregos assegurados nas fábricas, dificilmente e em prazo curto, esses postos de trabalho serão recuperados. O novo vilão se chama Cotação do Dólar, o câmbio mais instável da galáxia impede que os associados da Abeifa – Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores, consigam deslanchar e retomar as vendas antes Mesmo assim, os números do mês não são assustadores como de tempos atrás, com licenciamento de 2.679 unidades, as dezesseis marcas filiadas à Abeifa anotaram em junho último queda de 13,4% em relação a maio de 2019, quando foram vendidas 3.094 unidades importadas. Mas ante junho de 2018, quando foram comercializadas 3.013 unidades, a queda foi de 11,1%. O desempenho negativo de 11,1% em junho último fez com o resultado do acumulado no primeiro semestre do ano também fosse de queda de 9,6%. Com a retração acentuada de quase 10% e a alta de 10,8% do mercado brasileiro, o setor de veículos importados revisa a estimativa de vendas no ano, de 50 mil unidades para 40 mil unidades em 2019. Em compensação, as quatro montadoras associadas à entidade que produzem veículos localmente obtiveram crescimento de 44,1%, passando de 10.078 unidades licenciadas no primeiro semestre de 2018 para 14.527 unidades em igual período deste ano. As projeções iniciais de produção local, que eram de 55 mil unidades para 2019, foram mantidas, já a estimativa de 50 mil unidades previstas no início do ano para serem importadas, tiveram seu número rebaixado, a previsão agora é de 40 mil unidades. “Na última sexta-feira, quando foi anunciada a aprovação do Acordo de Livre Comércio do Mercosul e União Europeia, depois de vinte anos de negociações entre os dois blocos comerciais, nós também comemoramos. Mas as informações ainda estão desencontradas. De qualquer forma, se se concretizar, de imediato poderemos ter uma cota de 32 mil unidades com alíquota de importação reduzida de 17,5%. Além de não sabermos como será a divisão dessa cota, esse volume é muito pequeno”, analisa José Luiz Gandini, presidente da Abeifa, para quem – neste momento – é mais importante um pacto nacional pela retomada do crescimento da economia brasileira. “Com a expansão da renda, por meio da estabilidade econômica, os brasileiros voltarão a comprar automóveis. Com a retomada da economia, certamente os investimentos externos também virão e o dólar, moeda corrente de nossas transações comerciais, deve voltar aos patamares mais plausíveis”, argumenta Gandini, “por isso, comemoramos o Acordo de Livre Comércio Mercosul-União Europeia, mas antes torcemos para que o Brasil dê certo. O setor de veículos importados, e o setor automotivo como um todo, precisa de resultados de curto prazo”

    Publicado em 28/06/2019


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