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  • Trump quer flexibilizar emissões. Fabricantes dizem não
  • O presidente americano quer revogar as metas de redução de consumo e emissões estabelecidas pelo governo Obama. Em vez de agradar aos fabricantes de carros, sua política causa preocupação
  • Por Jorge Meditsch

    As maiores fabricantes de automóveis do mundo estão preocupadas com a política do presidente americano Donald Trump de reduzir as exigências sobre emissões de poluentes. Numa carta enviada ao presidente na semana passada, 17 dirigentes da área automotiva, incluindo os presidentes da Ford, Toyota, General Motors e Volvo, afirmaram que a marcha-a-ré ambiental que o presidente americano promete empreender pode ameaçar seus lucros e criar instabilidade no setor.

    As novas regras prometidas por Trump visam, basicamente, revogar as normas e metas estabelecidas por seu antecessor, Barak Obama. Segundo elas, permaneceria em vigor o valor médio de consumo de 37 milhas por galão (15,67 km/l), em lugar da meta de 54,5 milhas por galão (23,08 km/l) a ser obtida até 2025.

    No início do governo Trump, algumas fabricantes americanas pediram mudanças na regulamentação de consumo e poluição, mas hoje elas se dizem preocupadas com o alcance das intenções do novo presidente.

    Divisão tecnológica

    Na Califórnia e mais 13 estados, as leis ambientais são mais rígidas que as federais. O afrouxamento de Trump pode criar conflito entre a regulamentação federal e as leis estaduais, que vão continuar emvigor

    Um dos problemas da “liberação” proposta por Trump é que vários estados americanos – o principal deles a Califórnia - têm regras próprias mais severas na área e poderão processar o governo federal em caso de afrouxamento, além de manter em vigor suas próprias regulações. Além da Califórnia, mais 13 estados mantém leis rígidas sobre emissões e consumo de combustível.

    Segundo o governador da Califórnia, estado que tem a maior frota de automóveis nos EUA, um recuo na política de emissões será mau para o clima e para a economia. Para ele, o ideal é a criação de padrões únicos para todo o território americano, que não poderiam ser piores que os já adotados no estado.

    Trump já classificou as posições da Califórnia em várias ocasiões como ‘ridículas’, ‘descontroladas’ e ‘um desperdício de bilhões de dólares’.

    Fiat Chrysler fica fora

    Apesar da participação da Ford e General Motors na carta envida a Trump, a FCA – Fiat Chrysler Automobiles – não assina o documento. Entre as fabricantes signatárias estão também a BMW, Nissan, Subaru, Mazda, Volkswagen e Honda.

    Publicado em 10/06/2019


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