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  • Modelo tem espírito aventureiro, mas sem os exageros que costumavam estar presentes nessas versões até pouco tempo
  • Por Jorge Meditsch

    Lançado há cerca de um ano, o Fiat Argo acaba de ganhar uma quinta versão, o Trekking. Com ela, a marca quer que seu hatch, que ocupa o sétimo lugar no mercado, suba para a quinta posição.

    O conceito por trás do Trekking foi inventado pela Fiat há quase 20 anos: dar uma cara de aventureiro a um produto convencional. Os tempos mudaram e, hoje, poucos clientes se imaginam ao volante de um utilitário esportivo ao guiar uma versão desse tipo. Aliás, até mesmo os donos de SUVs de grande porte deixaram de se imaginar desbravadores e se acomodaram às suas batidas trilhas urbanas, do trabalho para casa e, nos finais de semana, idas ao shopping ou supermercado.

    Seja como for, o Trekking tem uma proposta estética bem agradável. Ele é um pouco mais alto que o Argo original, graças a mudanças na suspensão e à adoção de pneus de uso misto. Externamente, ele se destaca de imediato pelo adesivo preto fosco sobre o capô, que lhe dá um ar bastante esportivo.

    Outro diferencial é o teto pintado de preto, que caiu muito bem no modelo. A grade é preta, da mesma forma que o logo da Fiat ao centro. O carro não traz exageros: o ar “rústico” é moderado e se limita basicamente às molduras pretas das rodas e a uma faixa na parte inferior das portas. Nada de para-choques negros, quebra-matos ou estepe do lado de fora. As rodas de série têm calotas também escurecidas, podendo ser substituídas pelas opcionais, de liga leve, com cor exclusiva cinza escuro. Também são opcionais os trilhos de teto.

    No interior, a atmosfera fica entre o esportivo e o discreto, com tons escuros predominando. Os bancos têm acabamento específico, preto com costuras laranja e trazem o logo do modelo no apoio de cabeça. O carro vem bem equipado, considerando o segmento: tem tela de 7 polegadas, vidros e retrovisores com comandos elétricos e faróis de neblina. Um opcional interessante é a câmera de ré.

    O comportamento na estrada não é muito diferente das versões 'normais' do Argo. Os pneus de uso misto provocam um pouco de vibração no asfalto.

    Na estrada

    Andando, o Argo Trekking não é muito diferente das versões ‘civis’ com o motor 1,3 litro ‘Firefly’ com 109 cv e torque de 14,2 kgfm. O câmbio é manual, de cinco marchas. No asfalto, dá para sentir alguma vibração devida ao desenho da banda de rodagem dos pneus. A Fiat afirma que os pneus foram especialmente desenvolvidos pela Pirelli para o Trekking e, por isso, não devem se desgastar mais que pneus normais. A banda de rodagem tem composto mais resistente ao atrito. O quanto isso pode ter afetado as distâncias de frenagem, não deu para notar no teste.

    Como o Trekking é 4 centímetros mais alto que as versões normais, seria de esperar uma maior inclinação da carroceria nas curvas, mas a diferença é quase imperceptível. Num trecho não asfaltado, com a pista pavimentada de cascalho, o carro transmitiu uma certa sensação de ‘leveza’ excessiva. Isso talvez seja positivo, levando o motorista a não abusar da confiança.

    O desempenho do motor está na medida certa para rodar na cidade, mas não empolga na rodovia. Usando o câmbio com inteligência, ele mantém a velocidade sem grandes esforços nas subidas. O ruído interno não chega a incomodar.

    Para completar o pacote, o preço sugerido para o Trekking parece bastante competitivo: R$ 58.990.

    Publicado em 30/04/2019

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