A General Motors demitiu 15 funcionários nos Estados Unidos, considerados responsáveis pelo recall causado por um defeito na chave de ignição, que envolveu milhões de carros produzidos pelo grupo e teria causado dezenas de mortes em acidentes. Outros cinco empregados foram punidos.
Segundo comunicado da empresa, a maioria dos demitidos ocupava cargos de chefia, em diversos departamentos.
Os empregados dispensados e punidos permitiram que a peça, que não atendia às especificações da GM, fosse usada na produção e, posteriormente, não levaram em conta que a falha da chave de ignição levaria ao desligamento de outros sistemas críticos para a segurança dos ocupantes dos carros, como os airbags, assistência de freios, direção hidráulica e ABS.
Para a presidente da General Motors, Mary Barra, “eles foram incompetentes ou não compreenderam seus papéis na empresa”. Ela afirmou, também, que não ocorreu uma conspiração entre funcionários da empresa para encobrir as consequências do defeito na peça.
Alguns dos demitidos fazem parte do departamento jurídico da GM, mas o chefe do setor foi mantido em sua posição.
Segundo Mark Reuss, vice-presidente de desenvolvimento de produto da GM, em muitos casos os demitidos não levaram em conta o impacto do problema da chave no restante do veículo. Ele afirmou que o grupo implantou um sistema para evitar que isto ocorra novamente.
O principal problema com o conjunto da chave de ignição era o desligamento involuntário do motor quando havia algum chaveiro pesado ligado à chave. Com a súbita interrupção com o carro em movimento, o motorista deixa de contar com todos os sistemas movimentados pelo motor: a direção, sem assistência hidráulica, ficava extremamente pesada, o pedal do freio exigia muito mais força que o normal e os airbags eram desconectados.
Publicado em 05/06/2014
