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  • Volkswagen T-Cross quer conquistar o mercado
  • A Volkswagen lança seu SUV compacto com a intenção de vender muito. O carro tem boas qualidades, é bonito e deve agradar ao consumidor.
  • Por Jorge Meditsch

    Demorou quinze anos desde o lançamento do EcoSport, mas a Volkswagen acabou cedendo ao mercado. Chega em abril às concessionárias o T-Cross, primeiro SUV compacto da marca alemã. Bonito, bom de dirigir, espaçoso, ele chega com o porta-malas carregado de esperanças de vendas. Afinal, se o EcoSport foi a salvação da Ford lá em 2003, porque o T-Cross não pode dar um empurrão na VW e reposicioná-la entre as líderes do mercado nacional?

    Como já passou o tempo em que as denominações ‘cross’ e ‘SUV’ despertavam arroubos aventureiros e desejo de se enfiar na lama aos compradores. Por isso, o estilo do T-Cross, apesar de manter as guarnições pretas nas caixas de rodas e na parte inferior dos para-choques e soleiras das portas, se caracteriza mais pela leveza do que pela preocupação de mostrar robustez e rusticidade.

    Ele é uma mistura da sobriedade tradicional da VW com alguma leveza moderna. Isso transparece na grade preta salpicada de tracinhos cromados, por exemplo, e pela ‘flecha’ nas laterais, entre os para-lamas e as portas dianteiras. Vincos nas portas e painéis traseiros dão impressão de dinamismo e garantem maior rigidez à lataria. No teto, trilhos longitudinais marcam as bordas da cabine. Um grande teto solar é oferecido como opcional para as duas versões mais caras (R$ 4.800).

    Por dentro

    O interior segue quase sem maiores novidades a linha dos produtos da marca lançados nos últimos tempos. O destaque é para o bom espaço, garantido pela ampliação das dimensões do carro em relação ao modelo europeu: são maiores o comprimento, altura, porta-malas e, o mais importante, a distância entre eixos, que proporciona amplo espaço para as pernas de quem vai atrás.

    À frente do motorista, o grande destaque, o painel digital configurável, só é oferecido para a versão de topo Highline e custa R$ 4 mil adicionais. O volante, com base plana, traz comandos bem posicionados e intuitivos para o som, piloto automático e leitura de informações no painel de instrumentos. Uma tela de toque fica sobre o console central, possibilitando a interação com smartfones (incluindo navegação) e acesso ao manual cognitivo inteligente do carro, que dialoga com os proprietários via voz.

    O T-Cross chega em quatro versões, com duas opções de motores – o 1.0 turbo com injeção, batizado de 200 TSI, e o 250 TSI, que tem 1,4 litros e bons 150 cv. Ambos são flexíveis. Câmbio manual, só na versão mais barata, que não deverá ser a mais vendida.

    As dimensões do T-Cross brasileiro são maiores que as do europeu. A distâncias entre eixos ampliada proporciona muito espaço para as pernas dos passageiros de trás

    Na estrada

    Foi na versão Highline que tivemos nosso primeiro contato com o T-Cross, num percurso cheio de subidas e curvas na Serra do Rola-Moça, nos arredores de Belo Horizonte. O conjunto motor/câmbio (automático com seis marchas) demonstrou bastante agilidade, com as trocas de marchas quase imperceptíveis e acelerações bem rápidas.

    No modo Sport, acionado puxando a alavanca do câmbio para trás, as marchas são ‘esticadas’, tornando o carro mais ágil ainda, ao mesmo tempo que ficam mais sensíveis nas trocas. Nesse modo de condução, a direção elétrica fica um pouco mais firme e a resposta do acelerador é mais imediata, como se o curso do pedal tivesse ficado mais curto.

    Mesmo alto, o T-Cross inclina-se quase nada nas curvas. A suspensão lida bem com as ondulações do piso (embora não tenhamos andado na terra) e mantém o carro na trajetória com precisão nos trechos mais sinuosos. O interior também se destaca pelo baixo ruído ao rodar, permitindo conversar sem forçar a voz.

    O ar-condicionado não é multizonas, mas tem saída para o banco traseiro. Os ocupantes de trás também contam com duas tomadas USB para ligar seus telefones e outros dispositivos digitais. Na versão mais cara, a chave é presencial. Câmera traseira e sensores de estacionamento são de série. Quem quiser, pode pedir junto o sistema Park Assist de estacionamento robótico, que agora permite entrar também em vagas transversais de frente (antes era só de ré), além de também retirar o carro dos espaços de estacionamento.

    Versões e preços

    200 TSI Manual – R$ 84.990

    200 TSI Automático – R$ 94.900

    Comfortline 200 TSI Automático – R$ 99.900

    Highline 250 TSI Automático – R$ 109.900

    Publicado em 25/03/2019

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