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  • Ford vai deixar de fabricar o Focus na Argentina em 2019
  • Hatch e sedã médios se despedem em maio do ano que vem e não devem deixar substitutos
  • Por Alessandro Reis

    O Ford Focus, com carroceria hatch e sedã, deixará de ser produzido na fábrica de General Pacheco, na Argentina, a partir de maio de 2019. Com isso, o modelo de porte médio sai de linha no Brasil e no país vizinho a partir do ano que vem, ainda sem definição se o modelo terá um substituto. De acordo com a montadora, a decisão acontece por conta das baixas vendas do segmento de hatches e sedãs médios.

    De acordo com a Fenabrave, a federação que representa as concessionárias de veículos, os hatches médios correspondem a apenas 0,69% dos emplacamentos de automóveis de janeiro a agosto de 2018, enquanto os sedãs médios têm desempenho bem melhor, de 7,05%, puxados em grande parte pelas vendas do Toyota Corolla, líder disparado da sua categoria.

    Fim da linha se deve às baixas vendas do modelo

    Considerando o acumulado de janeiro a agosto, o Ford Focus Sedan é o quarto mais emplacado do segmento, com 3.130 unidades, contra 38.155 do Corolla, primeiro colocado. Já o Focus Hatch é o segundo mais vendido da sua categoria, somando 2.120 exemplares emplacados, ante 3.731 emplacamentos do líder Chevrolet Cruze Hatch.

    Ainda segundo a Ford, na planta de Pacheco seguirá em produção apenas a picape Ranger, até segunda orgem. A decisão de tirar o Focus do mercado local segue a mesma linha adotada pela matriz da montadora, nos Estados Unidos - em abril passado, a Ford anunciou que não irá mais investir na renovação de carros de passeio como Focus, Fiesta e Fusion para o mercado norte-americano, para se concentrar nos SUVs, picapes e utilitários, mais rentáveis e que têm maior demanda.

    O anúncio da despedida do Focus acontece cerca de 20 anos após o início da produção do modelo na Argentina e poucos meses após a apresentação da quarta geração do modelo na Europa, onde ele seguirá existindo e sendo produzido - naquele mercado, hatches médios ainda têm um público cativo e a categoria deverá perdurar.

    Publicado em 01/10/2018


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