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  • GM estuda acordo em mais de 300 ações envolvendo mortes ou acidentes provocados por defeito
  • Problema na chave de ignição que pode desligar o motor subitamente provocou recall de 2,6 milhões de carros, mas a fabricante oficialmente só reconhece 52 acidentes e 13 mortes
  • Por Jorge Meditsch

    A General Motors está iniciando ações para tentar chegar a acordos relativamente a mais de 300 ações envolvendo mortes ou ferimentos relacionados ao problema com a chave de ignição que levou o grupo a promover o recall de mais de 2,6 milhões de carros no mês passado.

    Até agora, a GM só havia reconhecido oficialmente a ocorrência de 13 mortes e 32 acidentes atribuídos ao defeito que pode desligar subitamente o motor, desativando sistemas como os freios ABS, direção hidráulica e airbags, entre outros. Um estudo realizado pela Friedmann Research Corporation, aponta para nada menos de 303 mortes.

    Apenas um advogado, Robert C. Hilliard, do estado do Texas, entrou com 53 reclamações na justiça por mortes e 273 por ferimentos em acidentes potencialmente causados pelo problema.

    Apenas um advogado já entrou com 53 reclamações por mortes e 273 por ferimentos. Várias ações coletivas pedem indenizações pela queda do valor de revenda dos carros afetados

    A GM contratou no mês passado o advogado Kenneth Feinberg, especialista em casos semelhantes, para estudar a possibilidade de criar um fundo de compensação para as vítimas de acidentes causados pelo defeito na chave de ignição. Ele e Hilliard tiveram uma reunião preliminar neta sexta-feira, segundo o jornal The New York Times.

    Além das ações envolvendo mortes e ferimentos, a GM enfrenta também várias causas movidas coletivamente que pedem compensações financeiras pela queda no valor de revenda dos carros com o problema que envolve os modelos

    Cobalt, Saturn Ion, Pontiac G5, Chevrolet HHR, Pontiac Solstice e Saturn Sky fabricados entre 2006 e 2007.

    A General Motors foi praticamente “refundada” em julho de 2009 ao ser socorrida pelo governo americano para escapar da falência, em meio à crise financeira que abalou os Estados Unidos. Devido a isso, está livre de responsabilidades relativamente a acidentes ocorridos antes daquela data. Mas várias investigações promovidas por órgãos governamentais americanos, entre eles o Congresso e o Departamento de Justiça, estão mostrando que a fabricante tinha conhecimento do defeito mais de uma década antes de promover o recall.

    Publicado em 02/05/2014


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