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  • Novo Tiguan cresce e mantém pegada esportiva
  • Segunda geração do SUV da VW chega com opção de 7 lugares e preços entre R$ 125 mil e R$ 180 mil. Motor é 1.4 ou 2.0 turbo
  • Por Alessandro Reis

    A Volkswagen está concentrada em ampliar a sua oferta de SUVs no Brasil e em outros mercados e já anunciou que vai lançar até 2020 cinco novos modelos do segmento no país, alguns inéditos. A primeira novidade dessa leva é o novo Tiguan, agora rebatizado com o sobrenome Allspace, por conta da maior distância entre-eixos e da inédita disponibilidade da terceira fileira de assentos para levar até sete ocupantes. O utilitário esportivo é importado do México.

    O SUV médio-compacto chega com três versões e duas opções de motor. A configuração de entrada Allspace 250, com o conhecido motor 1.4 turbo flex de 150 cv e 25,5 kgfm de torque, câmbio automatizado de dupla embreagem e seis marchas e tração dianteira, sai por R$ 124,9 mil. A intermediária Allspace Comfortline, com o mesmo conjunto mecânico, mais equipamentos e sete lugares, sai por R$ 149.990. E a topo de linha R-Line 350 chega com o mesmo motor 2.0 turbo a gasolina do Golf GTI, capaz de render 220 cv e 35,7 kgfm de torque, e tem preço sugerido de R$ 179.990.

    A opção mais cara também traz câmbio de dupla embreagem, mas com sete velocidades, bem como seletor de modo de condução, que ajusta câmbio, motor, direção elétrica e controles de tração e estabilidade para asfalto ou estrada de terra. Também permitem escolher entre uma pegada mais esportiva ou econômica. O único opcional para todas as configurações é o teto solar panorâmico, por R$ 4.000. Os três valores citados incluem o custo das três primeiras revisões. Tanto com motor 1.4 quanto com 2.0, a transmissão agora traz sistema banhado a óleo, para menos ruídos e vibrações.

    Os números 250 e 350 exibidos na tampa traseira indicam o torque do motor em Newtons-metro, a exemplo do novo Volkswagen Polo 1.0 TSI, que inaugurou a nomenclatura no país em novembro, quando foi lançado. No caso do Polo turbo, o número é 200, que corresponde a 20,5 kgfm.

    Por dentro, o novo Tiguan lembra bastante o Golf em padrão e acabamento, que é bom, mesclando plásticos rígidos com peças agradáveis ao toque, detalhes metálicos e console central atualizado, com central multimídia mais moderna e com tela sensível ao toque maior. O carro também ficou mais espaçoso, muito graças à distância entre-eixos de 2,79 m, cerca de 20 cm maior que da geração anterior. Na Europa, o novo Tiguan conta com versão de entre-eixos menor.

    Nas versões com sete assentos, a capacidade normal do porta-malas é de 230 litros, que sobem para 760 litros com os dois bancos da terceira fileira rebatidos - por falar neles, são pequenos e mais adequados para crianças, como é comum em outros modelos com esse recurso. A nova geração do SUV tem 4,70 m de comprimento, 1,85 m de largurae 1,65 m de altura e agora tem porte mais próximo do tamanho do Jeep Compass.

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    Expetativa é vender 10 vezes mais que a primeira geração

    Todas as versões vêm de série com seis airbags, controles de tração e estabilidade, ar-condicionado digital de três zonas (inédito nessa faixa de preço), sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, controle de pressão dos pneus, detector de fadiga, sensor de chuva, volante multifuncional e central multimídia com tela tátil de oito polegadas e GPS integrado - dotada de comandos de voz e por gestos e compatível com Apple CarPlay e Android Auto, é a mesma introduzida recentemente na linha 2018 do Passat. As configurações de entrada e intermediária têm rodas de liga leve de 17 polegadas.

    A versão Comfortline 250 já traz a terceira fileira de assentos e agrega frisos e rack de teto cromados, bancos dianteiros com ajustes elétricos e três posições de memória, bancos de couro, faróis e lanternas de LEDs, aquecimento dos assentos e câmera de ré.

    Por fim, o Tiguan Allspace R-Line 350 é o único disponível com o painel ditgital de 12,3 polegadas configurável, como no Polo e no Virtus, porém maior - nos dois últimos, a tela é de 10,2 polegadas - é uma tecnologia possível graças ao uso da mesma plataforma modular MQB utilizada no Polo e no Golf e que agora também serve de base estrutural para o Tiguan. Além do painel diferenciado e da maior potência, a opção topo de linha tem visual esportivo, com para-choques mais encorpados, maiores entradas de ar, rodas de 19 polegadas e logotipos identificando a versão na grade, nos para-lamas dianteiros e nos bancos dianteiros.

    Segurança e desempenho

    A opção mais cara também é a única a trazer assistentes de condução avançados, como frenagem automática de emergência com reconhecimento de pedestres, luz alta automática, controle de velocidade de cruzeiro adaptativo (que freia o carro para manter distância segura do veículo à frente) e assistente de descida. Completando a lista de equipamentos, o Tiguan R-Line traz estacionamento semiautônomo, sensor de chave, partida do motor por botão e abertura elétrica da tampa do porta-malas - que pode ser feita passando o pé debaixo do para-choque traseiro, onde há um sensor.

    Enquanto o desenho do Tiguan ficou mais próximo daquele de um SUV convencional, abandonando o visual "botinha" da primeira geração, dinamicamente o carro lembra seu antecessor. Com o motor 1.4, ele dá conta do recado, apesar do porte maior, graças ao torque máximo disponível a apenas 1.400 rpm. A transmissão de dupla embreagem oferece trocas muito rápidas, conferindo uma pegada esportiva mesmo com o propulsor menor. As suspensões são confortáveis.

    Já a versão R-Line claramente entrega muito mais performance e tem um rodar um pouco mais duro, por conta das rodas maiores, e uma pegada mais empolgante para quem faz questão de desempenho - a Volks informa que essa configuração vai de zero a 100 km/h em 6,8 segundos, um bom número, considerando que o SUV pesa 1.785 kg com motor de dois litros. Com o propulsor 1.4, o peso cai para 1.562 kg na versão de entrada e a aceleração de zero a 100 km/h acontece em 9,5 segundos.

    A Volkswagen projeta vender cerca de 14 mil unidades do novo Tiguan este ano no país, ou dez vezes mais que os emplacamentos da primeira geração. A julgar pela pré-venda, cujo lote de primeiras 500 unidades quase se esgotou em poucos dias, as pretensões da fabricante não estão distantes da realidade.

    Publicado em 27/04/2018


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