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  • O sedã da Toyota tem novo design e ganhou câmbio mais eficiente. Mas não perdeu sua personalidade austera
  • Por Jorge Meditsch

    O Corolla está com uma cara menos séria, maior e mais espaçoso. Também ganhou um novo câmbio, bem mais eficiente. Mas a nova roupagem e as melhorias técnicas não mudaram sua personalidade compenetrada: o sedã da Toyota é um carro muito bom, mas extremamente conservador.

    A trajetória do Corolla no Brasil é um fenômeno de marketing. Desde que chegou aqui, na década de 1990, ainda importado, ele foi encarado como um carro de luxo, automóvel de executivos e autoridades. Exatamente o contrário do que acontecia (e acontece) no resto do mundo. Internacionalmente, o Corolla é um carro de entrada – é o automóvel recordista em vendas no mercado internacional. Entre as razões desse sucesso está, além de sua reconhecida qualidade e eficiência, o preço acessível.

    Bem, mas em nosso país tropical, abençoado por Deus e amaldiçoado pelos impostos, um Corolla sai caro e por isso, como populares de outras marcas (VW Golf, Ford Focus, etc), perde clientes e ganha status.

    O chamado Novo Corolla tem quatro versões: as básicas GLi 1.8 com câmbio manual de seis marchas ou com transmissão automática e as XEi e Altis, ambas com motor 2.0 e câmbio automático.

    Novo câmbio

    A maior inovação mecânica do Toyota 2015 é a adoção do câmbio de variação contínua, batizado pela fábrica de Multi-Drive. Esse tipo de transmissão tem como virtude não possuir marchas definidas e, por isso, ser capaz de manter o motor na rotação ideal o tempo todo. Para isso, em lugar de engrenagens, usa duas polias de diâmetro variável, ligadas por uma correia, que são comandadas por computador, ajustando-se conforme a posição do acelerador, velocidade e as condições do momento.

    O resultado é um bom desempenho com baixo consumo – aquilo que, em princípio, todo mundo quer. Mas nem sempre essas qualidades são bem compreendidas e há quem reclame – inclusive jornalistas especializados – da falta da sensação das trocas de marchas... Por isso, o Multi-Drive é apresentado como um câmbio de sete marchas, que na realidade só existem virtualmente, que podem ser trocadas manualmente por quem se julga mais inteligente que o comando eletrônico do carro.

    A distorção é reforçada pela oferta de comandos de troca de marchas no volante, um recurso caro e totalmente dispensável para um automóvel geneticamente pacato e voltado para um público não exatamente preocupado com um comportamento esportivo.

    Motores

    O Corolla 2015 mantém os mesmos motores ofertados na geração anterior, o 1,8 litro com 139 / 144 cv e 17,7 / 18,4 kgm de torque (o valor maior vale para uso com álcool puro) e o 2,0 litros, com 143 / 154 cv e 19,4 / 20,3 kgm. O 1.8 é restrito ao GLi, versão mais barata.

    Considerado um modelo de luxo no Brasil, no mercado internacional o Corolla é um produto de entrada consagrado pela qualidade a preço acessível

    Os dois motores são flexíveis e contam com comando de válvulas duplo e variável e quatro válvulas por cilindro. A novidade que trazem para a nova geração do carro é o sistema de partida a frio sem necessidade de tanque auxiliar, recurso prático que, gradualmente, está sendo adotado por toda a indústria nacional.

    O desempenho dos dois motores é relativamente próximo e não prima pela capacidade atlética. Mas ambos são capazes de cumprir dignamente sua função, trabalhando de forma suave e eficiente. O novo câmbio automático contribui bastante para isso.

    Roupa nova

    A nova geração do Corolla brasileiro traz o design adotado na Europa, com forte influência coreana. Grandes faróis afilados e linhas de caráter marcantes mudaram bastante a aparência do carro, que nesse aspecto perdeu sua personalidade discreta para desaparecer na onda estilística do momento.

    Internamente, o carro ganhou espaço com o aumento de 10 cm na distância entre eixos. Os maiores beneficiados são os passageiros de trás que, além de espaço para os joelhos, ficaram com os pés melhor acomodados graças ao redesenho do assoalho. O nível de ruído também melhorou.

    Básico no exterior, no Brasil o interior do Corolla tem pretensões ao luxo. As versões XEi e Altis têm bancos e revestimentos “padrão couro” e insertos em plástico imitando fibra de carbono com ares supostamente esportivos. Na Altis, a decoração é bicolor.

    O painel do GLi é mais simples, com velocímetro central ladeado pelos marcadores de combustível e temperatura. Um display de cristal líquido, mostra informações do computador de bordo. Os comandos do ar-condicionado são manuais. Já o XEi o Altis contam com conta-giros no painel, juntamente com uma tela “estilo” TFT com informações sobre a condução, em projeção tridimensional. Os dois modelos mais caros contam com uma grande tela sobre o console e o controle do ar-condicionado digital.

    As versões GLi e XEi contam com cinco airbags (dois frontais, dois laterais nos bancos dianteiros e um de joelho para o motorista), e sistema de ancoragem ISOFIX para cadeiras infantis nos bancos traseiros. O Altis traz mais dois, do tipo cortina, que protege as janelas laterais.

    PREÇOS

    1.8L GLi Manual – R$ 66.570,00,00

    1.8L GLi Multi-Drive – R$ 69.990,00

    2.0L XEi Multi-Drive S – R$ 79.990,00

    2.0L Altis Multi Drive S – R$ 92.900,00

    Publicado em 17/03/2014

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