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  • Motores menores, mais leves e mais eficientes. A Renault embarca na tendência e lança um novo 1.6 e um 1.0 de três cilindros
  • Por Jorge Meditsch

    Eficiência é o novo nome do jogo no mercado brasileiro. O tema demorou para ganhar importância por aqui e desponta num momento em que o mercado, infelizmente, não está preparado para receber as novidades em motores com o entusiasmo devido. Surfando na onda do momento, a Renault entra em campo com seus novos motores, o tricilíndrico 1.0 SCe (Smart Control Efficiency), disponível para o Sandero e o Logan e o 1.6 SCe, de quatro cilindros, oferecido para o Sandero, Logan, Duster e Duster Oroch.

    Mais um três-cilindros a disputar a preferência dos consumidores, o 1.0 SCe utiliza quatro válvulas por cilindro e conta com duplo comando de válvulas variável na admissão e no escape, recurso novo por aqui entre os motores de entrada. Com bloco e cabeçote em alumínio, ele ficou 20 kg mais leve que o seu antecessor de quatro cilindros. O 1.6 SCe 16V tem duplo comando de válvulas variável na admissão e injetores de combustível posicionados no cabeçote. Também feito em alumínio, é 30 kg mais leve que o 1.6 anterior. Exagerando um tanto, a Renault atribui aos novos motores brasileiros genes da Fórmula 1, o que, considerando o desempenho da sua equipe em 2016, não deve impressionar muito. Mas o que importa é o que eles podem oferecer no uso diário, para o qual foram feitos. Segundo a fabricante, a economia é o ponto forte das duas versões: o 1.0 garantiria uma economia de até 19 por cento maior ao Sandero e ao Logan. No caso do 1.6, que conta com o recurso extra do sistema Stop & Start, que desliga o carro ao parar em semáforos ou situações equivalentes e religa o motor assim que o motorista tira o pé do freio, a vantagem poderia chegar a substanciais 21 por cento nos mesmos modelos e entre 16 e 18% no Duster e na picape Oroch.

    O novo 1.0 de três cilindros não frustrou as expectativas. Rodamos com ele um bom trecho pelas ruas de Curitiba e até mesmo num pequeno trecho de rodovia nas cercanias da cidade. O primeiro ponto positivo foi o baixo nível de vibrações, algo que sempre preocupa em motores com número ímpar de cilindros. Arrancadas suaves e progressivas também agradaram. Evidentemente, o desempenho não poderia ser empolgante, mas esse não é o objetivo do novo motor. Ele requer, como todos os 1.0, o uso inteligente do câmbio para não permitir quedas acentuadas de velocidade em subidas, por exemplo. Para usar na cidade, sem abusar da capacidade de carga e, de preferência, sem a lotação completa, o carro é uma opção bastante honesta.

    Uma novidade técnica tanto para o 1.0 SCe como para o 1.6 SCe, é o sistema de recuperação de energia ESM (Energy Smart Management). Quando o motorista alivia o acelerador, o motor gira sem consumir combustível e o alternador automaticamente passa a aproveitar a energia do movimento para gerar eletricidade, recarregando a bateria. Assim, durante a aceleração, o alternador não precisa desviar energia do motor, já que houve a carga na desaceleração. Segundo a Renault, esse sistema pode reduzir o consumo em até 2 por cento, dependendo das condições de uso do carro.

    Um ponto questionável, embora também leve a alguma economia, é a adoção da direção eletrohidráulica, em que a bomba da direção é acionada por um motor elétrico, e não diretamente pelo motor do carro. A tendência universal, seguida por vários concorrentes do segmento, é o uso da direção puramente elétrica, mais eficiente ainda. Outro ponto questionável é a incômoda permanência do tanque de gasolina auxiliar para partida a frio, que cada vez mais torna-se coisa do passado.

    O 1.0 SCe, que tem 82 cv com álcool e 79 cv com gasolina, dispõe de 10,5 kgfm de torque a partir de 2.000 rpm graças ao duplo comando de válvulas variável, um número 15% superior ao do antigo 1.0. A aceleração de 0 a 100km/h ocorre em 13,0 s com etanol.

    O habitat natural do 1.0 é a cidade. Nas ruas, o novo motor da Renault se mostrou agradável e competente

    Com o novo motor 1.6 SCe, a potência máxima de Sandero e Logan aumentou de 106 cv para 118 cv (álcool). Com gasolina, foi de 98 cv para 115 cv. O Sandero, por exemplo, acelera de 0 a 100 km/h em 10,3 segundos (ganho de 3,7s em relação ao antigo motor). A retomada de 60 – 100km/h está quase 4 segundos mais ágil (9,2s) – os dados são da fábrica.

    Além da novidade do motor, o Sandero e o Logan equipados com câmbio automatizado Easy’R agora trazem controle eletrônico de estabilidade (ESP) e assistente de arrancada em subidas (HSA), que contribuem para uma direção menos tensa e mais segura.

    VERSÕES

    Com os novos motores 1.0 SCe e 1.6 SCe, a oferta dos modelos Sandero, Logan, Duster e Duster Oroch passa a ser a seguinte:

    Sandero: Authentique 1.0 12V Expression 1.0 12V Expression 1.6 16V Expression 1.6 16V Easy’R Dynamique 1.6 16V Dynamique 1.6 16V Easy’R Stepway 1.6 16V Stepway 1.6 16V Easy’R GT Line 1.6 16V R.S. 2.0 Logan: Authentique 1.0 12V Expression 1.0 12V Expression 1.6 16V Expression 1.6 16V Easy’R Dynamique 1.6 16V Dynamique 1.6 16V Easy’R

    Duster: Expression 1.6 16V Dynamique 2.0 16V Dynamique 2.0 16V Automático Dynamique 2.0 16V 4x4 Duster Oroch: Expression 1.6 16V

    Dynamique 1.6 16V Flex

    Dynamique 2.0 16V

    Dynamique 2.0 16V Automático

    Publicado em 26/12/2016

    - Motor 1.0


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