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  • Fusion Hybrid: a economia encontra o conforto
  • A versão ecológica do sedã da Ford agrada e é realmente econômica. Mas paradoxalmente, para gastar menos combustível, no Brasil, é preciso investir muito na hora da compra.
  • Por Jorge Meditsch

    Carros híbridos tem duas vantagens: para o proprietário, economizar combustível, para a humanidade, reduzir as emissões de CO2 e outros gases nocivos. Eles também levam, pelo menos por enquanto, uma grande vantagem sobre os carros puramente elétricos: a autonomia. Combinando um motor a combustão com motores elétricos, eles são capazes de rodar sem precisar reabastecer por longas distâncias.

    O Ford Fusion Hybrid não é um híbrido puro-sangue, mas uma versão ecológica de um sedã tipicamente americano. Sendo assim, além de proporcionar economia de combustível e emissões reduzidas, ele oferece uma alta dose de conforto, espaço interno e equipamento tecnológico, da mesma forma que seus irmãos de linha.

    O Fusion híbrido conta com um motor a gasolina de dois litros, com 143 cv, que trabalha em conjunto com um motor elétrico de 120 cv. Os dois são acoplados através de uma caixa de câmbio com variação contínua, o que assegura que, sem olhar para o painel, você nunca saiba se está rodando só a eletricidade, só a gasolina ou empurrado pelos dois motores. Trabalhando junto, a dupla tem uma potência combinada de 190 cv. A tração é dianteira.

    O Fusion híbrido tem todas as virtudes das tradicionais e, como é oferecida no Brasil apenas na configuração de topo, a Titanium, vem superequipado, com requintes como, até mesmo, supressão eletrônica de ruídos – um sistema usado em aviões e em alguns carros de luxo que capta o som ambiente e emite ondas sonoras opostas que anulam o barulho indesejado.

    O Fusion Hybrid é oferecido na versão mais completa da linha, com um equipamento tecnológico encontrado em poucos carros no mercado nacional

    Experimentado no trânsito do Rio de Janeiro, o carro agradou pelas arrancadas e retomadas rápidas (uma virtude acentuada pelo motor elétrico), pela direção leve nas manobras e a praticidade do estacionamento autônomo. Como nos outros Fusion que já havíamos testado, os bancos são confortáveis, o ar-condicionado perfeito e não há vibrações ao rodar.

    O pacote de equipamentos que a Ford instalou no Hybrid inclui faróis de LED, partida remota (que permite acionar o ar-condicionado antes de entrar no carro, pré-resfriando a cabine), nada menos que oito airbags, piloto automático adaptativo (que mantém a distância em relação ao carro da frente), alerta de colisão, detector de pedestres, monitoramento de pontos cegos e controle da pressão dos pneus.

    Entre os pontos de destaque está o belo painel de instrumentos, com duas telas coloridas ladeando o velocímetro, que podem ser configuradas para mostrar diversas informações, como a recarga da bateria e o nível de economia de rodagem em tempo real. No lugar da alavanca de câmbio, no console central, há um seletor rotativo, que libera espaço sem perda de eficiência.

    O consumo declarado pela fábrica é de 16,8 km/l na cidade e 15,1 km/l na estrada. Uma particularidade do carro é que ele é capaz de memorizar os trechos habitualmente percorridos pelo motorista e ir paulatinamente adequando o comportamento dos dois motores. Ao final de algum tempo – segundo a Ford, umas duas semanas – o carro passa a escolher quando tem que andar apenas a eletricidade, só a gasolina ou usando os dois motores, aproveitando, por exemplo, longas descidas para recarregar a bateria e usando gasolina com parcimônia em retas planas percorridas em velocidade constante.

    Uma pena que tudo isso custe muito caro: em nosso país, para fazer economia é preciso gastar bastante. O Fusion Hybrid custa pesados R$ 160 mil. Isto não impede que, no ano passado, tenha sido o híbrido mais vendido do país, embora em número de unidades isso não signifique nada. Para valer a pena pela economia, é preciso rodar muito, muito mesmo. Por enquanto, é um modelo com vendas restritas a, principalmente, empresas que querem que seus executivos sejam vistos e modelos ambientalmente corretos e para particulares com consciência ambiental e bolsos bem recheados. Que, infelizmente, não são muitos.

    Publicado em 05/12/2016

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